Deco quer terminar com comissões bancárias pelas prestações mensais

Em média, cada consumidor pode estar a pagar todos os meses 2,65 euros pela comissão de processamento da prestação, montante que aumentou 44% nos últimos cinco anos. 

A Deco quer terminar com as comissões dos bancos cobradas aos clientes pelas prestações mensais dos seus créditos.

Em comunicado, a associação de defesa do consumidor refere que os clientes “são penalizados pelo facto de estarem a cumprir o contrato que assinaram com o banco”, considerando esta situação “um abuso”.

Em média, cada consumidor pode estar a pagar todos os meses 2,65 euros pela comissão de processamento da prestação, montante que aumentou 44% nos últimos cinco anos. Num crédito à habitação, a manterem-se estes valores, ao fim de 30 anos – duração média destes contratos –, os consumidores poderão ter pago, pelo menos, 954 euros a mais ao banco.

“A comissão de processamento da prestação não corresponde a qualquer serviço efetivamente prestado. Ainda que os bancos sejam criativos na interpretação das suas obrigações legais, há uma clara violação da lei quando decidem cobrar por serviços que não prestam”, refere a Deco, que estima ainda que estas comissões representem cerca de 285 milhões de euros por ano em Portugal.