Endividamento da economia aumentou 11,3 mil milhões de euros

Valor voltou a aumentar em abril e supera os 736 mil milhões de euros, segundo o Banco de Portugal.

O envididamento da economia portuguesa registou um aumento de 11,3 mil milhões de euros entre março e abril deste ano, altura marcada pela pandemia de covid-19. Para voltar a uma subida tão grande será preciso recuar a maio de 2012, segundo dados divulgados esta terça-feira no boletim económico do Banco de Portugal. Segundo os dados do banco centra, o montante de dívida atingiu fixou-se nos 736,3 mil milhões de euros.

“Em abril de 2020, o endividamento do setor não financeiro situou-se em 736,3 mil milhões de euros, dos quais 330,4 mil milhões de euros respeitavam ao setor público e 405,9 mil milhões de euros ao setor privado”, refere o BdP em comunicado. Em março, o valor do envididamento da economia era de 724,9 mil milhões.

O crescimento está relacionado com a pandemia de covid-19 e o período de paralisação do país e o Banco de Portugal diz que o principal responsável é o Estado: “Este aumento deveu-se aos acréscimos de 8 mil milhões de euros do endividamento do setor público e de 3,3 mil milhões de euros do endividamento do setor privado”, explica a entidade.
No que diz respeito ao setor privado, o endividamento dos particulares ficou não sofreu grandes alterações face ao mês anterior e, por isso, o crescimento está sobretudo relacionado com as empresas.

No mês de abril, revela o BdP, a taxa de variação anual do endividamento total das empresas privadas foi de 2,6%, o que significa uma subida de 2 pontos percentuais, face ao registado no mês anterior. No que diz respeito aos particulares, a taxa de variação anual diminuiu 0,1 pontos percentuais para os 0,7%.

A entidade liderada por Carlos Costa revela também que “o incremento do endividamento do setor público refletiu-se sobretudo no acréscimo do endividamento face ao exterior (4,1 mil milhões de euros) e face ao setor financeiro (3,1 mil milhões de euros)”.

Os dados revelam também que as administrações públicas financiaram-se junto do exterior em 7,9 mil milhões de euros.
Já o financiamento das administrações públicas junto de bancos residentes foi de -5,5 mil milhões de euros.