A ideia surgiu nas redes sociais, e foi-se espalhando como um rastilho, prometendo ser uma solução para contornar a decisão do Governo britânico de excluir Portugal da lista de países que podem ser visitados sem que seja necessário fazer uma quarentena obrigatória no regresso ao Reino Unido. O movimento espontâneo – que se tem vindo a espalhar por milhares de pessoas – propõe criar uma "ponte" aérea que ligue o Reino Unido à vizinha Espanha, para aeroportos como Madrid ou Sevilha, cumprindo-se a restante etapa até Portugal por via terrestre (por autocarro ou carro de aluguer).
Esta solução permitiria ao viajante, por um lado, cruzar a fronteira entre os dois países – reaberta a 1 de julho – sem qualquer tipo de limitação ou controlo, e, por outro, não ficar obrigado a cumprir a quarentena de 14 dias no regresso ao Reino Unido, uma vez que isso não é exigido pelas autoridades britâncias a quem viaja desde Espanha.
De Londres, capital do Reino Unido, partem, neste momento, voos diretos da Ryanair até Sevilha. A British Airways, Ibéria e TAP fazem a mesma ligação, com escala em Madrid, e a Vueling, com troca de aviões em Barcelona. Ao fecho da edição, um voo na primeira semana de agosto entre Londres e Sevilha tinha um custo por pessoa a partir dos 121 euros, com uma paragem, até aos 196 euros, direto.
A decisão do Executivo de Boris Johnson provocou a apreensão dos empresários turísticos do Algarve, devido ao impacto no turismo da região – muito dependente do mercado britânico –, mas também junto dos emigrantes portugueses residentes no Reino Unido e já com viagem marcada para Portugal, onde pretendiam passar as férias de verão.