Polónia. Ultraconservador à frente com margem mínima

As sondagens à boca de urna dão uma margem de 0,4% ao Presidente polaco, Andrzej Duda, o candidato do PiS, frente a frente com o liberal Rafal Trzaskowski.

A Polónia votou este domingo para decidir se quer reeleger o Presidente Andrzej Duda, candidato do partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS), ou optar pelo liberal Rafał Trzaskowski, presidente da Câmara de Varsóvia. É uma decisão no fio da navalha, demasiado para que se possa declarar já um vencedor: sondagens à boca de urna, citadas pela AFP, dão 50,4% dos votos ao atual Presidente e 49,6% a Trzaskowski.

Importa lembrar que, entre outros dez candidatos, Duda venceu a primeira volta com 43,5% dos votos, face aos 30,5% de Trzaskowski. Contudo, agora, na segunda volta, boa parte dos restantes candidatos derrotados uniram-se à volta do liberal. 

Durante a campanha eleitoral não estiveram no centro do debate coisas como a resposta à pandemia ou as propostas económicas. O grande tema foram as liberdades individuais, como os direitos LGBT+, num dos países mais homofóbicos da Europa, ou as acusações de autoritarismo do Executivo, que tem sido acusado de tentar controlar a justiça, obrigando juízes à reforma e pondo em causa a separação de poderes – levando a vários choques com a União Europeia. De um lado da barricada, Duda apelou à defesa da família tradicional, contra a “ideologia LGBT”. Do outro, Trzaskowski avisa que a democracia polaca “está sob ataque”.