Sofia Pinto Coelho foi uma das vencedoras do concurso do ICA e Netflix

O concurso para encontrar novos argumentos promovido pelo ICA e pela Netflix recebeu mais de mil candidaturas.

Foram hoje conhecidos os resultados do concurso para descobrir novos projetos de guionismo promovido pela Netflix, em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). No total, o concurso premiou 10 histórias, com valores entre os seis mil euros. Luísa Costa Gomes, Sofia Pinto Coelho ou Vhils contam-se entre os autores apoiados pelo projeto, pelo que os guiões que submeteram podem vir a ser rodados pela Netflix.

Os cinco projetos vencedores do concurso, e que vão agora receber 25 mil euros, dividem-se entre a ficção e o documentário. Finisterra (ficção), de Guilherme Branquinho e Leone Niel, My name is Jorge: A redemption story (documentário), de Sofia Pinto Coelho, O chefe Jacob (ficção), de Raquel Palermo e João Lacerda Matos, Rabo de Peixe (ficção), de Augusto Fraga, Marcos Castiel e André Szankowski, e Victoria (ficção), de Dinis M. Costa contam-se entre os vencedores. Estas cinco propostas poderão, agora, ser rodadas pela Netflix, sendo esta uma decisão que caberá unicamente à plataforma.

Já os projetos que serão a apoiados com seis mil euros também se dividem entre os dois géneros: Barranco de Cegos, de Luís Filipe Rocha (Ficção); Cleptocracia, de João Brandão (Ficção); Paradoxa, de Luísa Costa Gomes (Ficção); Paredes Brancas, Povo Mudo, de Alexandre Farto aka Vhils, André Costa, Catarina Crua e Ricardo Oliveira (Documentário) e, por fim, This is not a Kanga de João Nuno Pinto, Fernanda Polacow e Bruno Morais Cabral (Documentário) foram os projetos selecionados pelo júri que, dado o elevado número de candidaturas, tinha prorrogado até hoje o anúncio dos resultados, inicialmente previsto para julho.

O concurso, pensado para “argumentistas e autores residentes em Portugal” abriu no dia 30 de abril, e os concorrentes puderam submeter as suas candidaturas até 2 de junho. 

A jornalista Isabel Lucas, o realizador Jorge Paixão da Costa, o escritor Possidónio Cachapa, Verónica Fernández (diretora de conteúdos da Netflix, Verónica Fernández) e Luís Proença, o adjunto de comunicação da Fundação Calouste Gulbenkian, foram os responsáveis pela primeira triagem e pela pré-seleção dos projetos. No total, e segundo tinha divulgado o ICA em junho, foram entregues 1.198 projetos. Após a primeira seleção, ditava o regulamento, os argumentos seguiram para a Netflix que decidiu quais os projetos que seriam apoiados monetariamente.

Daqui em diante os guiões podem ou não ganhar vida, sendo essa uma decisão da plataforma. “A Netflix, a seu exclusivo critério, pode ter a iniciativa de continuar a apoiar um ou alguns dos cinco melhores projetos, sem assumir nenhuma obrigação presente a esse respeito, iniciando uma fase de negociação com os respetivos autores, nos termos contratuais a determinar pelas partes”, lia-se no regulamento inicial.