Norte-americanos detidos na Colômbia por venderem líxivia como cura “milagrosa” para a covid-19 e outras doenças

Família comercializava lixívia que vendia como uma cura milagrosa para várias doenças, incluindo Alzheimer, esclerose múltipla, VIH ou covid-19.

Um homem e um dos seus filhos, ambos de nacionalidade norte-americana, foram detidos na Colômbia, esta terça-feira, depois de fabricarem e comercializarem lixívia que vendiam como uma cura milagrosa para vários doenças, incluindo Alzheimer, esclerose múltipla, VIH ou covid-19.

No início de julho, o homem, Mark Grenon, de 62 anos, e os seus três filhos já tinham sido multados e proibidos pelas autoridades federais na Florida de comercializar a substância – dióxido de cloro, uma lixívia forte usada sobretudo na indústria têxtil.

Agora, Mark Grenon e um dos filhos foram detidos pelas autoridades colombianas em Santa Marta, onde aguardam a extradição para os Estados Unidos. A família estava a comercializar e a exportar a bebida “altamente tóxica” da Colômbia para a Europa e África.

A Procuradoria-Geral do país informou que a "cura milagrosa" vendida pelos suspeitos pode ter causado a morte a sete cidadãos norte-americanos.

Segundo o Guardian, o homem, que se autointitulava "arcebispo" de uma suposta igreja no estado da Florida, escreveu, em abril, a Donald Trump para o presidente divulgar o seu produto.

De realçar que, poucos dias depois, Trump chegou a falar sobre a possibilidade de injetar desinfetantes para travar a covid-19. Depois disso, Mark Grenon foi proibido de vender o produto e as autoridades sanitárias norte-americanas apelaram para que essa substância ou produtos semelhantes não fossem ingeridos.