Situação de alerta devido a risco de incêndio prolongada: “Não é possível, nem sardinhadas, nem churrascos”

Situação de alerta foi prolongada até domingo.

A situação de alerta devido ao risco de incêndio rural vai prolongar-se até domingo e, devido às temperaturas elevadas, estende-se a todo o território continental.

"Ao longo de toda esta semana temos estado em situação de alerta ao risco de incêndio rural e a avaliação feita esta manhã entre a Proteção Civil e o IPMA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera] leva-nos a apontar para um agravamento do risco ao longo do próximo fim de semana", explicou aos jornalistas o ministro da Administração Interna.

A situação de alerta, que teve início no dia 6, domingo, terminava hoje, porém, irá prolongar-se até às 23h59 do próximo domingo.

"Tínhamos as regiões do Norte, Centro, Vale do Tejo e norte alentejano em situação de alerta, correspondente a 14 distritos, iremos alargar essa situação de alerta, durante o fim de semana, a todo o território do continente", explicou Eduardo Cabrita, sublinhando que as zonas onde existe maior risco de incêndio rural é no Algarve e no Baixo Alentejo, que estarão com alerta vermelho da proteção civil.

Os distritos abrangidos pelo Estado de Alerta Especial de Nível Laranja, determinado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, são os de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

O responsável pelo Ministério da Administração Interna recordou ainda que estarão em vigor algumas restrições, como a proibição da caça e atividades nas florestas. "Não é possível, nem sardinhadas, nem churrascos, nestes dias", acrescentou, apelando a que as pessoas evitem comportamento de risco no uso do fogo.

Durante este período está também proibida a realização de queimas e queimadas e o uso de fogo de artifício ou de outros artefactos pirotécnicos, sendo também proibidos o acesso, a circulação e a permanência em espaços florestais "previamente definidos nos planos municipais de defesa da floresta contra incêndios".

"Estamos a viver um período particularmente exigente este verão relativamente ao risco de incêndios rurais, tivemos um mês de julho muito difícil, uma primeira quinzena de agosto também muito difícil e estes primeiros dias de setembro tem sido muito exigências para todo o sistema de proteção civil", disse Eduardo Cabrita.