Agência Europeia de Medicamentos aponta chegada das vacinas contra covid-19 para a primavera

“É muito difícil, quase impossível, ter a vacina até ao final de 2020”, disse o diretor-executivo da Agência Europeia de Medicamentos.

O diretor-executivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o italiano Guido Rasi, apontou a chegada das vacinas contra o novo coronavírus para a primavera do próximo ano, “se tudo correr bem”, disse ao canal de televisão de informação "Skytg24", citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

Rasi explicou que "as primeiras doses para as populações de risco devem chegar na primavera de 2021, com um início significativo da vacinação" e que "a disponibilidade de doses aumentará muito rapidamente, após a aprovação”, acrescentando que, com sorte, quem quer ser vacinado conseguirá fazê-lo até ao verão de 2021.

"É muito difícil, quase impossível, ter a vacina até ao final de 2020. Se tudo correr bem, nos primeiros meses de 2021 poderá haver três vacinas aprovadas pela EMA", garantiu.

O italiano salvaguardou ainda que "a chegada da vacina será o início do fim da pandemia, mas não o fim", e "que só depois de um ano de vacina disponível, se saberá se a pandemia diminuirá significativamente", pelo que só será possível "dispensar o distanciamento e as máscaras quando existirem os primeiros dados sobre a eficácia da vacina".

Estes primeiros dados dirão respeito à “relação entre eficácia e desempenho na prática, altura em que se verá quantas pessoas respondem à vacina, a sua intensidade e quanto tempo dura”, processo que “vai demorar pelo menos seis meses”.

Rasi falou ainda de medicamentos para o tratamento da doença, lembrando que “há pelo menos dois ou três medicamentos ou abordagens que, com alguma certeza, são eficazes, como por exemplo usar a cortisona na hora certa, nem muito cedo nem muito tarde, ou usar ‘diluentes’ de sangue!”.

"Agora a possibilidade de começar a usar anticorpos monoclonais, que parecem ter sido usados na Casa Branca (para o tratamento do presidente norte-americano Donald Trump), está muito próxima", contou ainda o diretor-executivo da EMA.