Lucro do HSBC cai 70,9% até setembro para 2822 milhões

No entanto, a instituição financeira diz que a queda poderia ter sido maior não fosse a redução em 2,9% das despesas operacionais, que se fixaram em 20.772 milhões de euros.

O lucro do banco britânico HSBC atingiu os 3.336 milhões de dólares (2.822 milhões de euros) até setembro, menos 70,9% em termos homólogos, devido ao impacto nas receitas provocado pela pandemia de covid-19.

Nos primeiros nove meses deste ano, as receitas diminuíram 9,5%, para 32.702 milhões de euros, o que o banco atribuiu ao "impacto progressivo" das reduções das taxas de juro por parte dos bancos centrais a nível mundial, com o objetivo de enfrentar o novo coronavírus, refere o HSBC na demonstração de resultados hoje enviada à Bolsa de Valores de Hong Kong.

No entanto, a instituição financeira diz que a queda poderia ter sido maior não fosse a redução em 2,9% das despesas operacionais, que se fixaram em 20.772 milhões de euros.

O banco realçou ainda que o seu desempenho no terceiro trimestre deste ano foi significativamente melhor do que contabilizado no trimestre anterior.

Na realidade, no terceiro trimestre o HSBC multiplicou por sete o lucro face ao valor do segundo trimestre, tendo-se situado em 1.149 milhões de euros, apesar deste montante ser ainda inferior em 54,3% ao registado no mesmo período do ano passado.

O presidente executivo do banco, Noel Quinn, classificou os resultados de "promissores no contexto do impacto da pandemia de covid-19 na economia global".

No futuro, o HSBC perspetiva a manutenção das tensões comerciais e geopolíticas entre os Estados Unidos e a China e antevê que as taxas de juros mais baixas em todo o mundo continuem a "adicionar pressão" às receitas que tenham a ver as taxas de juro.

Em relação aos dividendos, o grupo financeiro limitou-se a dizer que fará um "pagamento conservador" no exercício fiscal de 2020, adiantando que analisará a situação, caso "as circunstâncias o permitam", no início do próximo ano.