Sonae passa de lucros a perdas de 36 milhões de euros

O volume de negócios do grupo aumentou, até setembro, em 5,9%, atingindo os 4,9 mil milhões de euros, impulsionado pelo crescimento da Worten e da Sonae MC (que detém o Continente).

A Sonae passou de lucros de 131 milhões de euros até setembro de 2019 para 36 milhões de euros em prejuízos nos primeiros nove meses deste ano, no entanto, o grupo conta já com uma recuperação no terceiro trimestre.

O volume de negócios do grupo aumentou, até setembro, em 5,9%, atingindo os 4,9 mil milhões de euros, impulsionado pelo crescimento da Worten e da Sonae MC (que detém o Continente) anunciou a Sonae.

Nos primeiros nove meses do ano, o volume de negócios da Sonae MC cresceu 10% para 3,8 mil milhões de euros, tendo a Worten aumentado a faturação em 4,3%, para 775 milhões de euros, indicou a Sonae. 

"Mais de um terço do crescimento de vendas do grupo foi no online, com o e-commerce dos negócios integralmente consolidados a duplicarem nos primeiros nove meses deste ano", revelou a Sonae, no comunicado.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) subjacente da Sonae SGPS cresceu 0,3%, para 406 milhões de euros até setembro, indicou a empresa da Maia.

Numa análise ao desempenho do grupo, a presidente executiva da Sonae SGPS, Cláudia Azevedo, disse que "globalmente, no terceiro trimestre a Sonae aumentou o seu volume de negócios em 6% e melhorou o seu EBITDA subjacente em mais de 8% face ao ano anterior, o que nos permitiu ultrapassar o EBITDA subjacente registado nos primeiros nove meses do ano passado", referiu.

A líder da empresa garantiu ainda que a Sonae preservou o balanço, "implementando várias iniciativas de preservação de liquidez em todos os negócios e refinanciando montantes importantes de dívida. No total, a dívida líquida consolidada do grupo diminuiu 287 milhões de euros para 1.233 milhões de euros nos últimos 12 meses e todos os negócios mantêm níveis de alavancagem conservadores", lê-se no comunicado.

O grupo adiantou ainda que "apesar do contexto, as empresas da Sonae continuaram a investir, tendo o investimento (CAPEX) aumentado 36,5% para 376 milhões de euros refletindo a expansão das operações e as aquisições dos restantes 50% da Salsa e de 7,38% do capital na NOS".

"A Sonae e as suas participadas continuaram empenhadas na proteção das suas pessoas, não só monitorizando a situação pandémica e implementando melhorias contínuas para a segurança dos colaboradores e clientes, como preservando postos de trabalho e criando emprego para mais de 500 pessoas nos últimos 12 meses", revelou ainda a empresa, na mesma nota.