Forças Armadas devem participar no “planeamento e logística” da vacina contra a covid-19

Ministro da Defesa esclarece, no entanto, que militares não deverão tratar da administração das vacinas.

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou esta quarta-feira que as Forças Armadas (FA) devem participar “no âmbito do planeamento e da logística” do plano de vacinação contra a covid-19.

“As FA participam nesse processo de identificação de como deve ser o plano [de vacinação] e participarão depois na execução quando houver vacinas”, explicou o governante no polo da Amadora da Academia Militar, após a apresentação de um livro acerca das missões dos militares portugueses entre 2017 e 2020 na República Centro-Africana.

Gomes Cravinho esclarece, no entanto, que as FA não devem participar na administração das vacinas. “Estamos sempre disponíveis para ver quais as necessidades, mas não creio que se sinta a necessidade de atribuir essa missão às FA”, afirmou. Ao invés, “o trabalho que está a ser feito será, provavelmente, no âmbito do planeamento e da logística”.

As FA e a Proteção Civil estão enquadradas num grupo consultivo interdisciplinar de peritos criado pela Direção-Geral da Saúde destinado à elaboração do plano de vacinação anti-covi-19, coordenado pelo ex-secretário de Estado da Saúde Francisco Ramos.

Recorde-se que na semana passada o primeiro-ministro anunciou que Portugal se prepara para comprar 16 milhões de doses de três vacinas de combate ao novo coronavírus.