Os bancos emprestaram 1113 milhões de euros para a compra de casa em novembro. Feitas as contas dá uma média de mais de 37 milhões por dia. Os dados foram divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) e mostram uma subida pelo terceiro mês consecutivo. Trata-se do valor mais alto desde dezembro de 2019.
“Os montantes das novas operações de empréstimos para habitação, consumo e outros fins totalizaram 1113, 357 e 189 milhões de euros, respetivamente”, disse o regulador.
Nas novas operações de empréstimos a particulares para habitação, “a taxa de juro média desceu 3 pontos base para
0,84%, estabelecendo um novo mínimo histórico pelo quarto mês consecutivo”.
Nos empréstimos ao consumo, “a taxa de juro média diminuiu para 6,24% e, nos empréstimos para outros fins, reduziu-se para 3,24%. Em outubro, esta taxas tinham sido de 6,43% e 3,76%, respetivamente”.
Em novembro, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras diminuiu 8 pontos base face a outubro, para 1,99%.
A taxa de juro das operações acima de um milhão de euros foi de 1,58% (1,7% em outubro) e a das operações abaixo de 1 milhão de euros fixou-se em 2,27% (2,31% em outubro).
Recorde-se que o Banco de Portugal tem vindo a chamar a atenção do setor para limitar a concessão de crédito por parte das instituições financeiras de forma a que as famílias apenas gastem metade do seu rendimento com empréstimos bancários e também que os bancos não assumam riscos excessivos nos novos créditos, garantindo que os clientes tenham capacidade de pagar as dívidas.
Estas limitações surgiram depois de o regulador ter admitido que havia “alguns sinais” de sobrevalorização dos preços do imobiliário, embora limitados. Para já, estas regras são apenas uma recomendação – ainda que os bancos que não as cumpram tenham de se explicar.