Uma modelo diz que foi humilhada, depois de uma hospedeira de bordo pedir para que esta se tapasse, durante um voo de Gold Coast para Melbourne, na Austrália, esta segunda-feira.
Isabelle Eleanore usava um top preto e umas calças de ganga quando embarcou no voo doméstico da companhia aérea Jetstar. À entrada do avião, a hospedeira de bordo terá considerado a roupa “inadequada” e “reveladora” e pediu para que esta se tapasse.
“Ela olhou e depois disse: 'Oh, tem uma camisola para usar?'. E eu pensei que ela devia estar preocupada, porque ia ter frio no voo, ou ia estar frio em Melbourne ou algo assim”, começou por contar Isabelle à estação australiana 9News.
"Ela continuou e disse, 'Bem, você não pode voar com o que tem vestido, não pode usar um biquíni'. E eu disse, 'Olhe, não é um biquíni, é um top'", acrescentou.
Isabelle, que viajava com o marido, Jeremy Szwarcbord, disse que a hospedeira acabou por pedir a toda a tripulação que encontrassem algo para que esta pudesse colocar por cima do top. Foi então que a mulher regressou junto do casal com um colete refletor para Isabelle usar até ao desembarque em Melbourne.
A modelo diz que se sentiu “vitimizada” e “envergonhada”, enquanto “todos olhavam” para ela.
“Não pensei que teria que lidar com algo assim – estamos em 2021, deveria poder usar o que eu quiser", disse Isabelle, referindo ainda que antes de entrar no avião, nenhum outro elemento da companhia área tinha feito comentários sobre a sua roupa. Também Jeremy disse que a roupa da sua esposa não era inadequada e não violava nenhum política da companhia aérea.
Face ao sucedido, a modelo já tinha relatado o incidente nas redes sociais e partilhou imagens da roupa que usava.
"Então eles fizeram uma grande cena quando eu pisei o avião e fizeram-me esperar à frente de todos enquanto procuravam algo para me tapar. Então tive que ir até ao meu assento usando este colete. Isto é discriminação e humilhação Jet Star Australia", escreveu.
“Aparentemente, o meu top é muito pequeno e eu não poderia voar sem me tapar. Se eu tivesse seios pequenos, garanto que não teriam dito nada”, acrescentou ainda.
Um porta-voz da Jetstar, sediada na Austrália, disse que a transportadora já pediu desculpa à passageira e admitiu que houve um “mal-entendido”.
"Houve um mal-entendido sobre a nossa política”, disse. "Embora tenhamos requisitos básicos de vestuário nos nossos voos, por exemplo, sapatos, não temos nenhuma política em relação a tops curtos”, acrescentou.
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