Não foram detetados casos de gripe no final de fevereiro, indica INSA

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, nos últimos anos, a maior atividade gripal aconteceu entre os meses de dezembro e fevereiro.

De acordo com o mais recente boletim de vigilância epidemiológica da gripe e outros vírus respiratórios do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), entre 22 e 28 de fevereiro não foi reportado nenhum caso de gripe pelas unidades de cuidados intensivos e enfermarias dos hospitais do país.

O INSA indica que, na última semana de fevereiro, a taxa de incidência de síndrome gripal foi de 5,7 por 100 mil habitantes em Portugal, um valor que precisa de ser analisado sob um olhar diferente, uma vez que "a população sob observação foi menor do que a observada em período homólogo de anos anteriores".

De 15 a 21 de fevereiro, a taxa de incidência de síndrome gripal foi 4,9 por 100 mil pessoas.

O boletim da INSA recolhe os dados sobre as componentes clínica e laboratorial da vigilância dos vírus respiratórios a partir do inicio do mês de outubro até a maio do ano seguinte.

A vigilância clínica avalia as taxas de incidência da síndroma gripal, tendo por base a notificação dos novos casos da doença diagnosticados nos utentes dos médicos que integram a rede Sentinela – constiuída por médicos de Medicina Geral e Familiar – e os critérios clínicos.

Já a vigilância laboratorial é realizada através da identificação dos vírus isolados nas amostras de sangue ou em zaragatoas recolhidas dos utentes infetados com gripe.

De realçar que alguns dos dados recolhidos são enviados, semanalmente, para o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), permitindo realizar um ponto de situação da atividade gripal na Europa, e ainda identificar com alguma antecedência potenciais surtos da doença.