Autoeuropa escapa a cortes da Volkswagen

 O construtor automóvel alemão anunciou que pretende cortar cinco mil postos de trabalho através de medidas voluntárias como reformas parciais e antecipadas, num esforço para reduzir custos e focar-se na produção elétrica.

 A Autoeuropa não deverá ser afetada pela redução de cinco mil postos de trabalho anunciada pelo construtor automóvel alemão Volkswagen.

De acordo com a fábrica de Palmela, estes cortes serão “apenas para as fábricas da Alemanha”. No ano passado, a Autoeuropa produziu 192 mil automóveis e 20 milhões de peças para outras fábricas do grupo alemão. E de acordo com a empresa estes números representam 1,4%do Produto Interno Bruto (PIB) e 4,7% das exportações portuguesas.

 O construtor automóvel alemão Volkswagen anunciou que pretende cortar cinco mil postos de trabalho através de medidas voluntárias como reformas parciais e antecipadas, num esforço para reduzir custos e focar-se na produção elétrica.

De acordo com o jornal alemão Handelsblatt, citado pela agência de informação financeira Bloomberg, o acordo alcançado com as estruturas representantes dos trabalhadores pode levar a um corte de cinco mil postos de trabalho e 500 milhões de euros em despesas de reestruturação da atividade empresarial do construtor.

A Volkswagen tinha anunciado em dezembro que ia negociar com os sindicatos para garantir um acordo que, ao baixar os custos em 5% até 2023, permitisse ao grupo focar-se na produção de veículos elétricos e nas operações de 'software'.

De acordo com a Bloomberg, o acordo laboral existente impede os despedimentos até ao final da década.

"Devido aos nossos elevados investimentos na expansão da mobilidade elétrica e na digitalização, a Volkswagen foi capaz de desenvolver um papel pioneiro como condutor da mudança no setor automóvel", disse o diretor do departamento de recursos humanos, Gunnar Kilina, concluindo que "isto requer o contínuo controlo dos custos que garantam o financiamento dos investimentos necessários no futuro".

A Volkswagen vendeu 5,3 milhões de veículos em 2020, menos 15,1% face ao ano anterior, penalizada pela queda em todos os mercados devido à pandemia de covid-19, segundo os números anunciados em janeiro pelo construtor.