“Dados disponíveis não sugerem aumento de coágulos sanguíneos”, assegura OMS sobre vacinas contra a covid-19

OMS destaca ainda que, após a “reavaliação minuciosa da informação científica disponível”, concluiu que a vacina da AstraZeneca continua a ter um “potencial tremendo” no que diz respeito à “prevenção de infeções e à redução de mortes” devido ao novo coronavírus.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu, esta sexta-feira, um parecer sobre os riscos das vacinas contra a covid-19 para a saúde, nomeadamente sobre o fármaco da AstraZeneca, que tem estado em destaque devido às situações de tromboembolismo ocorridas em pessoas vacinadas.

"Os dados disponíveis não sugerem aumento de coágulos sanguíneos, como eventos tromboembólicos ou embolias pulmonares, após a administração de vacinas contra a covid-19”, lê-se.

"A taxa de eventos tromboembólicos após a administração das vacinas contra o novo vírus estão em linha com o número esperado de diagnósticos deste distúrbio", acrescenta.

A OMS destaca ainda que, após a "reavaliação minuciosa da informação científica disponível", concluiu que a vacina da AstraZeneca continua a ter um "potencial tremendo" no que diz respeito à "prevenção de infeções e à redução de mortes" devido ao novo coronavírus e que não há dados científicos que comprovem uma relação causal entre a administração da vacina e os casos de tromboembolismo.

A organização sublinhou ainda os dados já divulgados pela Agência Europeia do Medicamento (EMA), que confirmou que o uso da vacina da AstraZeneca é seguro e eficaz, e que apenas teve conhecimento de 18 casos de coagulação de risco, num universo de 20 milhões de doses dadas administradas na Europa.

A OMS recomenda ainda a formação adequada aos profissionais de saúde e cidadãos vacinados para que "reconheçam os sinais e sintomas de todas as reações adversas graves possíveis", de forma a que todos “possam procurar e receber assistência médica e tratamento imediato”.

Os dados de todas as vacinas contra a covid-19 vão continuar a ser analisados pela OMS e serão feitas atualizações nas recomendações sempre que necessário.