Humanitas apela ao regresso de residentes de lares às atividades ocupacionais

Dirigente da instituição alerta que é uma situação dramática e que os “utentes estão numa apatia que é preciso romper”.

Depois de um ano em isolamento a Federação Portuguesa para a Deficiência Mental, a Humanitas, apela ao rápido regresso dos utentes dos lares residenciais às atividades dos Centros de Atividade Ocupacional (CAO).

A instituição que representa 40 instituições ligadas à deficiência mental enviou uma carta à tutela a solicitar o regresso dos utentes vacinados aos CAO a partir de 5 de abril, data prevista para a abertura destes mesmos espaços.

Helena Albuquerque, presidente da Instituição, considera que é inadmissível não existir um plano de orientação para os utentes dos lares residências, sublinhando que “têm de voltar o mais rápido possível para os CAO” uma vez que têm sido registadas “perdas significativas das suas capacidades, já que não são pessoas normais” confessa à Lusa.

Eram cerca de 3.200 utentes que frequentavam os Centros de Atividade Ocupacional e que se encontram há um ano isolados nos lares residenciais. A dirigente da instituição alerta que é uma situação dramática e que os “utentes estão numa apatia que é preciso romper”.

Na carta solicitam “orientações para esta população regressar aos CAO logo que abram no dia 5 de abril, e que sejam vacinados todos os outros utentes dos CAO para que possam estar todos em segurança” defende Helena Albuquerque.