Testes Rápidos de Antigénio ainda não estão disponíveis para venda ao público

Segundo o Infarmed, a realização de Teste Rápidos Antigénio ainda só é possível nas farmácias e feito por um profissional de saúde.

Ao contrário do que esteve previsto, os Testes Rápidos de Antigénio (TRAGs) ainda não estão disponíveis para venda ao público em Portugal. O objetivo seria que, a partir de sábado, dia 20, começassem a ser vendidos nas farmácias e parafarmácias autotestes à SARS-CoV-2. No entanto, ainda não estão disponíveis.

Neste momento, já é possível dirigir-se a uma farmácia e, no local, realizar um teste rápido, feito por um profissional de saúde, sendo que apenas estes podem comprar TRAGs. Para que a venda ao público seja disponibilizada, de acordo com o Infarmed, é necessário que se reformule a embalagem e as indicações que são dadas, visto que, por agora, as “diretrizes” que são disponibilizadas com o teste são mínimas e direcionadas para profissionais de saúde.

Mas dentro de muito em breve já será possível comprar autotestes ao novo coronavírus na farmácia e realizá-los em casa. O teste virá com uma zaragatoa, que deve ser inserida na narina e depois colocada numa caixa parecida com os testes de gravidez. O resultado, seja positivo, negativo ou inconclusivo, deverá ser registado num formulário online “a ser criado oportunamente” e que será disponibilizado na página do Ministério da Saúde.

Circular regula condições de venda De acordo com a circular conjunta da Direção-Geral da Saúde, do Infarmed e do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, divulgada na passada sexta-feira, os testes podem ser vendidos a cidadãos maiores de 18 anos, sendo que, para tal, não é necessária receita médica e prevê-se a sua utilização “para fins de diagnóstico da COVID-19, em doentes com suspeita de infeção e em contactos com caso confirmado, e para fins de rastreio em populações vulneráveis”.

Os testes positivos ou inconclusivos podem ser comunicados através do formulário mencionado ou por meio da linha SNS24 (808 24 24 24).

Importa referir, contudo, que deve ser feito um teste de confirmação do tipo PCR, “caso não tenha havido para o utente uma notificação laboratorial de teste com resultado positivo nos últimos 90 dias” e estes pacientes devem ficar em isolamento até conhecerem o resultado.

Através do mesmo documento é possível percecionar que a comunicação do resultado do autoteste “deve ser acompanhado sempre que possível de informação relativa à identificação comercial do autoteste (marca), fabricante, e código relativo do lote do teste utilizado”.

Realidade internacional Antes da novidade surgir em Portugal, já em novembro do ano passado os Estados Unidos deram luz verde ao primeiro kit de diagnóstico covid-19, o All-In-One da Lucira Health, uma companhia de biotecnologia criada por quatro estudantes recém-licenciados da Califórnia. A Food and Drug Administration permitiu o uso do kit, através de uma autorização de emergência, após a realização de um ensaio clínico com mais de mil pacientes, tendo sido comprovada a sua eficácia em 94,4%.

Por outro lado, há duas semanas, as cadeias de supermercado alemãs Aldi e Lidl começaram a vender testes rápidos nas suas lojas.

É de referir que a Alemanha aprovou três testes rápidos: Rapid SARS-CoV-2 Antigen Test Card, LYHER Covid-19 Antigen Schnelltest Nasal e CLINITEST Rapid COVID-19 Self-Test. Os resultados são conhecidos em 15 minutos e têm uma fiabilidade de 80%. Os preços variam entre 5 e 10 euros.