Mesmo que não existissem restrições, algumas vacinas compradas por Portugal podiam já não ser usadas

Quantidade de vacinas adquiridas por Portugal levará a que algumas possam não ser utilizadas. 

Mesmo que não existissem restrições relativamente a algumas das vacinas contra a covid-19, a quantidade de imunizantes que o país adquiriu não seria utilizada na totalidade, uma vez que as vacinas são mais do que as pessoas elegíveis para a vacinação.

A garantia foi dada por Valter Fonseca, coordenador da Comissão Técnica de Vacinação Contra a Covid-19, que foi ouvido numa audição na comissão parlamentar de saúde, a pedido do PSD, sobre as razões que serviram de base às alterações dos critérios de vacinação.

Segundo Valter Fonseca, mesmo sem as restrições de idade relativas às vacinas contra a covid-19 da AstraZeneca e da Janssen, já haveria algumas vacinas que podiam não ser usadas tendo em conta as doses compradas por Portugal.

Acerca das restrições, o responsável explicou que estas foram definidas com base em avaliações feitas, por cada país, sobre a incidência da doença, a existência de vacinas alternativas e a ponderação benefício-risco.

“Tivemos em consideração que o número de eventos [efeitos secundários] era muito baixo, apesar de alguma gravidade, mas que as vacinas eram absolutamente seguras acima dos 60 [AstraZeneca] e 50 anos [Janssen]", disse.