Sem concertos e fogo-de-artifício, mas com três zonas de diversão: vai ser assim o São João no Porto

Rui Moreira justificou a decisão de avançar com os festejos de São João devido à importância que estes têm para a “indústria dos divertimentos” e “também para as famílias”.

“São João haverá sempre”. A promessa é de Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, que anunciou, esta segunda-feira, que a cidade nortenha irá três zonas de diversões na véspera do dia de São João. No entanto, os concertos e o fogo-de-artifício voltam a ficar fora dos planos, devido à pandemia de covid-19.

"São João haverá sempre. Na noite de 23 para 24 [de junho] é São João no Porto. Aquilo que a Câmara permitiu, com o parecer das autoridades de saúde, foram três zonas de diversões, onde as pessoas podem ir em condições consideradas de total segurança por parte da Direção-Geral [da Saúde]", revelou aos jornalistas.

Moreira justificou a decisão de avançar com os festejos de São João devido à importância que estes têm para a “indústria dos divertimentos” e “também para as famílias”.

"É importante para a indústria dos divertimentos que há ano e meio que não fatura um tostão, é importante também para as famílias que têm crianças e que as querem levar lá e outros que querem ir lá comer uma fartura. Isso vamos ter", acrescentou.

Contudo, “não vai haver concertos na avenida” e “não vai haver fogo-de-artifício”.

"Não vai haver concertos na avenida, não vai haver fogo de artifício. Como é que as pessoas vão andar? Não faço ideia. E quando houver ajuntamentos? Se é a PSP que tem de intervir, que intervenha. Não me peçam para dizer o que vai suceder ou não. Lembro-me que no ano passado as pessoas ficaram basicamente em casa, acho que este ano vai haver mais pessoas na rua", disse.

"Se amanhã todos os portuenses resolverem ir para a rua no São João, só num estado policial é que era possível impedi-los. A polícia não serve para isso. A ideia de que a polícia pode reprimir o comportamento generalizado dos cidadãos é uma visão fascista. Não tenho uma visão fascista. A polícia deve reprimir aquilo que são os comportamentos excecionais de cidadãos que não se conformam com a ordem. Não pode, naturalmente, reprimir se toda a gente vier para a rua", concluiu.