Economia deverá crescer entre 14,5% e 15,5%

ISEG mostra, no entanto, uma queda em relação a 2019. 

A economia portuguesa deverá crescer entre 14,5% e 15,5% no segundo trimestre, em relação ao trimestre homólogo, e entre 4,2% e 5,1% em relação ao trimestre anterior, segundo a síntese de conjuntura de maio do ISEG. “Mesmo com este crescimento ainda ficaremos no segundo trimestre entre 3,4% a 4,3% abaixo do PIB homólogo de 2019”, mantendo-se a tendência da informação atualmente disponível e dada a base homóloga.

Segundo o indicador de tendência da atividade global do ISEG, construído a partir dos indicadores setoriais anteriormente analisados, subiu substancialmente em março e abril “com o desconfinamento, a reabertura de atividades e sobretudo devido ao efeito base da comparação homóloga, uma vez que o segundo trimestre de 2020 foi o mais atingido pela quebra da atividade económica provocada pelas medidas sanitárias”. 

Os dados já disponíveis para maio revelam que estas tendências terão continuidade em junho. Assim, devido à melhoria da situação sanitária e ao efeito base, não está em causa um forte crescimento homólogo do PIB no segundo trimestre de 2021, mas a que ritmo irá prosseguir a retoma posteriormente, de acordo com a evolução das diferentes componentes da procura, que neste segundo trimestre também são muito marcadas pelo efeito base, refere.

Em termos de procura interna está previsto no segundo trimestre, uma substancial subida do consumo privado, que esteve contido pela restrição da oferta durante o confinamento e devido ao efeito base. “Este será, nesta fase o elemento da procura com maior dinamismo, mas também o consumo público e o investimento deverão subir bastante em termos homólogos. Em relação à procura externa líquida, o seu contributo para o PIB trimestral parece mais incerto, mas poderá ser positivo”.