Ordem dos Médicos reitera necessidade de “vacinar” e sugere transferir doentes a partir de 7,5% de ocupação em UCI

A Ordem dos Médicos sugere “ativar a coordenação regional e nacional de camas de internamento em enfermaria e UCI e a respetiva rede de transferência a partir do limite amarelo para evitar que a atividade não COVID seja de novo muito prejudicada”.

Ordem dos Médicos reitera necessidade de “vacinar” e sugere transferir doentes a partir de 7,5% de ocupação em UCI

O Bastonário, Miguel Guimarães, e o Gabinete de Crise para a covid-19 da Ordem dos Médicos reiteraram, esta quarta-feira, a necessidade de alargar a vacinação a todas as faixas etárias adultas e de testar todas as pessoas com sintomas de covid-19, incluindo os vacinados, jovens e crianças. Sugeriram ainda mudanças na matriz de risco e a reformulação das linhas amarelas e vermelhas.

Para a Ordem, é indispensável “alagar a vacinação a toda a população em regime de autoagendamento” e abrir “centros de vacinação nos hospitais, aos fins de semana, de modo a permitir igualmente a vacinação mais segura de pessoas com risco acrescido de reações adversas”.

Em comunicado, a Ordem dos Médicos reitera “a importância da realização de testes de diagnóstico em todos os indivíduos sintomáticos, incluindo vacinados, jovens e crianças, bem como de rastreios alargados e facilmente acessíveis com o resultado transferido para o Certificado Digital COVID (CDC)”.

Sublinha ainda “a necessidade de cumprir os requisitos do ECDC relativamente à sequenciação genómica, identificação atempada de novas variantes e prevalência na população” e o reforço urgente “de meios de saúde pública para evitar atrasos superiores a 24 horas na realização de inquéritos epidemiológicos e identificação de contactos de alto risco”.

A Ordem dos Médicos considera a “não implementação de critérios claros, coerentes e uniformes no controlo de fronteiras” preocupante, “em particular, nos passageiros provenientes de zonas de risco”.

Sugere também atualizar, à semelhança do que já tinha sido defendido, a matriz de risco em vigor para que “combine, entre outros, critérios de incidência, transmissibilidade e gravidade”. “Só com estes dados será possível definir novas zonas de risco e fundamentar medidas de intervenção, tais como, quando e onde utilizar o CDC”, lê-se.

Na nota, a Ordem dos Médicos refere que é necessário “reformular as linhas amarelas e vermelhas a nível regional e nacional”, dando como exemplo a transferência de doentes covid-19 a partir de 7,5% e 15% de ocupação em UCI, e “ativar a coordenação regional e nacional de camas de internamento em enfermaria e UCI e a respetiva rede de transferência a partir do limite amarelo para evitar que a atividade não COVID seja de novo muito prejudicada”.

“Finalmente, o Bastonário da Ordem dos Médicos e o Gabinete de Crise para a COVID-19 reiteram o apelo para o cumprimento das medidas de prevenção e controlo da pandemia, nomeadamente o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social. Vacinar, rastrear, sequenciar, certificar e antecipar são os passos determinantes para Portugal vencer a pandemia”, conclui a nota.