Novo Banco: Relator disponível para integrar propostas de alteração

“São propostas claramente construtivas e que não se afastam da linha do relator”, enfatizou.

O deputado relator da comissão de inquérito do Novo Banco mostrou disponibilidade para integrar na sua versão do relatório um conjunto de propostas de alteração apresentadas pelos diferentes partidos, considerando que este é um "contributo para a consensualização".

A Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução começou a discussão e votação do relatório final e as respetivas propostas de alteração, tendo o deputado relator, o socialista Fernando Anastácio, pedido para intervir no início da reunião, depois de no final da semana passada a sua versão preliminar ter sido muito criticada, concretamente por PSD, BE, PCP e Iniciativa Liberal.

"Para facilitar a condução dos trabalhos, eu estarei em condições de informar a comissão de um conjunto de propostas de diferentes partidos com as quais eu me revejo, com as quais eu não tenho qualquer objeção e que, ao as assumir, elas passarão obviamente também a ser, na minha perspetiva, a proposta do relator, também da autoria do relator, sem depois prejuízo do voto que venham a merecer e nesse caso concreto, nessas propostas, nem se justifica fazer a votação ou fazer a apreciação da proposta do relator porque substitui", adiantou.

Na perspetiva de Fernando Anastácio, esta sua posição "é um contributo para a melhoria, para a consensualização e para o desenvolvimento dos trabalhos".

Da análise que fez das diversas propostas de alteração, o deputado relator apontou "uma generalidade de propostas" que "em nada contrariam, antes pelo contrário, clarificam, precisam, ajudam a desenvolver alguns temas" da versão por si proposta.

"São propostas claramente construtivas e que não se afastam da linha do relator", enfatizou.

O deputado do PS começou por explicar que estes trabalhos "ficaram um pouco condicionados com um período temporal bastante estrito".

"Aquilo que costuma acontecer antes propriamente de aparecer um relatório preliminar é a possibilidade de haver um conjunto de conversas com os partidos políticos no sentido de ajustar, porque muitas situações são de ajustamento. Não tivemos condição para isso, o espaço que tivemos para isso foi muito reduzido, foram dois dias, e, portanto, não era humanamente possível exigir-se outro comportamento", justificou.