Brasil cancela contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, irá ser investigado para apurar um suposto crime de prevaricação na aquisição da Covaxin.

Brasil cancela contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin

O governo brasileiro vai cancelar o contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina contra a covid-19 Covaxin, anunciou, esta quinta-feira, o ministro da Saúde do país.

"A posição do Ministério da Saúde acerca dos factos apurados pela CGU [Controladoria-Geral da União] será de cancelamento do contrato, todavia, em face da própria lei das licitações, nós temos de notificar a empresa contratada para que ela apresente defesa nos autos, mas o objeto que era a contratação de vacinas ele foi perdido", disse Marcelo Queiroga, em conferência de imprensa.

O contrato para a aquisição das vacinas desenvolvidas pelo laboratório indiano Bharat Biotech envolvia uma empresa intermediária chamada Precisa Medicamentos, e estava suspenso devido a suspeitas de irregularidades.

Wagner Rosário, auditor da CGU, explicou que a auditoria não encontrou irregularidades no preço estabelecido, nem no prazo dos processos, mas colocou em causa documentos apresentados pela Precisa Medicamentos em nome da Bharat Biotech.

"O documento denominado procuração que consta do processo e que dá poderes [à Precisa medicamentos] e que foi junto a esse processo no dia 24 de fevereiro, não foi emitido pela empresa indiana", disse.

Segundo o auditor, o documento era falso e foi feito através de uma montagem. Apesar de não ter a "certeza de quem fez isso, a Bharat Biotech não reconhece que fez, nem que autorizou a Precisa a fazê-lo, e isso ainda vai ser alvo de novas investigações".

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, irá ser investigado para apurar um suposto crime de prevaricação na aquisição da Covaxin.