Reabertura do centro de vacinação no Queimódromo do Porto “pode já não ser útil”

Em causa está a atual fase do processo de vacinação no país.

A reabertura do centro de vacinação instalado no Queimódromo do Porto “pode já não ser útil”, segundo o coordenador da task-force responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal.

“Temos que ter a certeza de que, ao reabrir, as operações vão correr bem e, também, que aquilo tem utilidade, porque, nesta fase, começamos a estar no fim [da vacinação massiva] e podemos chegar à conclusão de que abrir uma estrutura daquelas no fim do processo pode já não ser útil”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, em declarações aos jornalistas no centro de vacinação de São João da Madeira, esta terça-feira.

Recorde-se que a vacinação no Queimódromo do Porto foi suspensa no passado dia 12 de agosto depois de ser detetada uma falha na cadeia de refrigeração. Foi aberto um inquérito e desde então que se espera pelas conclusões do mesmo para decidir o futuro do centro de vacinação instalado naquele espaço.

Gouveia e Melo disse ainda que há “boas notícias” quanto à eficácia das vacinas que foram administradas antes de ser identificada a falha na cadeia de frio mas não adiantou, contudo, o motivo concreto que levou ao problema, aguardando-se as conclusões da investigação.

“Estes inquéritos obrigam a algum detalhe. Não pode ser 'vou lá, faço três perguntas e no dia seguinte tomo uma decisão'. Teve-se que verificar procedimentos, que verificar se esses procedimentos eram suficientemente robustos e, se não o eram, o que fazer para que se tornassem mais robustos. É também um processo de reaprendizagem”, afirmou.

“A abertura ou não do Queimódromo está um bocado dependente disso”, rematou.

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