Metade das pessoas que morreram em agosto por covid-19 tinham o esquema vacinal completo

Desde o início do processo de vacinação em Portugal, registaram-se 309 (1,1%) óbitos em pessoas com o esquema vacinal completo há mais de 14 dias, 239 dos quais (77,3%) em pessoas com mais de 80 anos.

Metade das pessoas que morreram em agosto por covid-19 tinham o esquema vacinal completo

Entre 1 e 29 de agosto, morreram 96 pessoas por covid-19 com o esquema vacinal completo, o que representa 50% do total de óbitos desse mês, segundo o relatório ‘Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19’, divulgado, esta sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Dos restantes óbitos, 63 (40%) ocorreram em pessoas não vacinadas e 18 (10%) em pessoas com vacinação incompleta.

“A população mais vulnerável encontra-se quase totalmente vacinada, pelo que é esperado que a proporção de casos com esquema vacinal completo no total de óbitos aumente”, alerta o documento.

Contudo, de acordo com os dados de julho, o mês com os dados consolidados mais recentes, “o risco de morte, que é medido através da letalidade por estado vacinal, é três a sete vezes menor nas pessoas com vacinação completa do que nas pessoas não vacinadas”

Desde o início do processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal, em dezembro de 2020, foram identificados 29.373 casos de infeção em mais de 6,8 milhões de pessoas com o esquema vacinal completo há mais de 14 dias, ou seja, 0,4%.

Desse total, “303 (1,0%) foram internadas com diagnóstico principal de covid-19 e 100 foram internadas com diagnóstico secundário de covid-19”. Cerca de 59% pessoas internadas com diagnóstico principal de covid-19 tinham mais de 80 anos.

Registaram-se 309 (1,1%) óbitos em pessoas com o esquema vacinal completo há mais de 14 dias, 239 dos quais (77,3%) em pessoas com mais de 80 anos.

O relatório sublinha que a “consolidação dos dados dos internamentos por estado vacinal só ocorre um a dois meses após o diagnóstico, pelo que o risco de hospitalização é apresentado com maior atraso que o risco de morte (letalidade)”. No mês de junho, “os casos com esquema vacinal completo apresentaram um risco de hospitalização cerca de cinco a dez vezes inferior aos casos não vacinados”.

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