Siza Vieira aponta para crescimento económico de 5% até ao fim do ano

Ministro rejeita descida generalizada do IVA da eletricidade.

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital disse que Portugal pode registar um crescimento económico de 5% até final do ano, depois dos bons resultados do terceiro trimestre.

"Agosto ultrapassou todas as expectativas em praticamente em todos os setores de atividade, no comércio, na restauração, mesmo na hotelaria. Tivemos um mês do agosto bastante melhor do que aquele que se podia antecipar", disse em no programa Tudo é Economia, da RTP3.

Para Pedro Siza Vieira, o ritmo de crescimento da economia está a corresponder às expectativas do Governo e, talvez, até a excedê-las.

"Estamos convencidos que, do ponto de vista do crescimento económico durante o ano, vamos ultrapassar aquilo que eram as previsões. […] A economia não está só a comportar-se melhor do que eram as projeções, mas também melhor que a maior parte dos observadores estimava há uns meses", adiantou.

Pedro Siza Vieira lembrou que havido "uma retoma [da economia] muito rigorosa", uma vez que a procura está a recompor-se muito rápido, enquanto são levantadas as restrições sanitárias, devido à pandemia.

Ministro rejeita descida generalizada do IVA da eletricidade

O governante rejeitou uma descida do IVA da eletricidade. "Não [deve haver uma descida do IVA]. Acho que relativamente ao IVA da eletricidade, relativamente aos consumidores em baixa tensão, domésticos, já conseguimos encontrar um mecanismo que permite ir diferenciando o IVA de uma forma que é justa socialmente e de uma forma que é ambientalmente responsável, quem consome mais paga mais IVA".

De acordo com o governante, do ponto de vista das empresas, o IVA é neutro, e é nas famílias que o Governo vai continuar a trabalhar com "as várias possibilidades", quer pela gestão sistema elétrico, quer por outros mecanismos com alocação de receitas que está a ter como preço do carbono, através do fundo ambiental.

"Há maneiras de acomodar [o preço da eletricidade]. É nisso que estamos a trabalhar com o Ministério do Ambiente [e Ação Climática], no sentido de amortecer o impacto para os consumidores domésticos e assegurar que os nossos consumidores industriais melhorem a sua posição concorrencial relativamente aos congéneres europeus", disse.

Para Pedro Siza Vieira, o Governo, nos consumidores de baixa tensão, tem mais margem para "acomodar" os aumentos, fazendo referência ao secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, que disse que "não espera para os consumidores domésticos, para os consumidores em baixa tensão, aumentos muito significativos do preço da energia elétrica".