Parque da Califórnia muda nome racista para nome indígena original

O antigo nome do parque fazia referência a um colonizador racista que alegadamente matou um rapaz indígena. A mudança de nome serve para representar e dar voz as comunidades indígenas.

Um parque situado ao longo do condado de Humboldt, na Califórnia, onde se encontra uma aldeia criada pelos povos indígenas, mudou de nome para a denominação indígena original: Sue-meg. O antigo nome do parque, Patrick’s Point State Park, fazia referência a um colonizador irlandês (Patrick Beegan), que foi acusado de matar um rapaz nativo americano.

A mudança de nome faz parte de um esforço cultural que tem por objetivo identificar e retificar denominações que possam ser depreciativas para os povos indígenas, como escolas, transportes e cidades.

“Foi sempre uma bofetada na minha cara e um murro no meu estômago”, diz Skip Lowry, um descende da tribo Yurok, sobre o antigo nome do parque. As interpretações variam, mas Lowry acredita que Sue-meg quererá dizer algo como “habitualmente feito” ou “sempre feito”. Os Yurok continuam nos dias de hoje a realizar cerimónias naquela região.

Sara Barth, uma comissária de parques na zona de Pleasanton, chamou a esta mudança uma "oportunidade para corrigir um erro histórico", segundo o Los Angeles Times.

O nome do parque tem história: uma rocha, que se encontra ao largo da costa do parque estadual, serviu como uma zona de comércio, onde diferentes tribos se reuniam para pescar e trocar alimentos. O nome da rocha — e agora do parque — é Sue-meg (pronuncia-se "Sue-mae").