Pandemia com “tendência estável” em Portugal, mas “crescente” em idosos com mais de 80 anos

Já o rácio de transmissibilidade (RT) mostra “uma tendência estável a crescente”, ao apresentar um “valor igual ou superior a 1”. O RT é de 1 a nível nacional e na maioria das regiões, com exceção do Norte e Algarve que apresentam uma tendência decrescente (0,97 e 0,85 respetivamente).

Pandemia com “tendência estável” em Portugal, mas “crescente” em idosos com mais de 80 anos

A pandemia de covid-19 em Portugal está com uma “tendência crescente” no grupo etário com 80 ou mais anos, segundo o relatório ‘Monitorização das linhas vermelhas para a covid-19’, divulgado, esta sexta-feira, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Segundo o documento, "no grupo etário com 80 ou mais anos a incidência acumulada a 14 dias apresenta uma tendência crescente, sendo que este grupo apresenta um risco de infeção superior ao da população em geral (113 casos por 100.000 habitantes em 14 dias)".

Portugal tem uma incidência de 84 casos por 100 mil habitantes acumulados nos últimos 14 dias, o que representa “uma tendência estável a nível nacional”. “Nenhuma região apresentou uma incidência superior ao limiar de 240 casos em 14 dias por 100.000 habitantes”, aponta.

Já o rácio de transmissibilidade (RT) mostra “uma tendência estável a crescente”, ao apresentar um “valor igual ou superior a 1”. O RT é de 1 a nível nacional e na maioria das regiões, com exceção do Norte e Algarve que apresentam uma tendência decrescente (0,97 e 0,85 respetivamente).

Tal como o número de casos, também o número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) com sintomas da covid-19 em Portugal continental “revelou uma tendência estável, correspondendo a 22% (na semana anterior foi de 22%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”.

Também “a mortalidade específica por COVID-19 (9,2 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes) apresenta uma tendência estável, o que revela um impacto reduzido da pandemia em termos de mortalidade por covid-19 (menor que 10 óbitos por milhão em 14 dias)”.

Na última semana, a taxa de positividade dos testes realizados ao vírus SARS-CoV-2 foi de 1,4%, “encontrando-se abaixo do limiar definido de 4,0%”. Observou-se ainda ”um aumento do número de testes para deteção de SARS-CoV-2 realizados nos últimos sete dias”.

Segundo o relatório, “a variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, é a variante dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 100% dos casos” analisados entre 27 de setembro e 3 de outubro.

Em suma, “a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade reduzida, com tendência estável nível nacional, no entanto com tendência crescente na população mais vulnerável dos 80 e mais anos”. Já “a pressão nos serviços de saúde e influência na mortalidade tem impacto reduzido e tendência estável”.