Centenas pelo país protestam contra o aumento do preço dos combustíveis

Escalada dos preços mobilizou centenas de pessoas em Lisboa, Porto e Vila Real, com direito a buzinas e bloqueios ao trânsito.

Centenas de pessoas juntaram-se na quinta-feira, por todo o país, em protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis. 

Em Lisboa, os manifestantes concentraram-se, ao final da tarde, junto à Praça do Duque de Saldanha, desceram em direção à Praça do Marquês de Pombal, seguindo depois para o Rossio. Pelo caminho, os manifestantes fizeram-se ouvir com cânticos como “Costa não quero pagar tanto dinheiro para me deslocar”.

Ainda durante a manhã, vários automobilistas buzinaram no acesso à ponte 25 de abril, em Lisboa, em protesto contra a subida dos preços dos combustíveis, sendo que a Associação Democrática de Utentes da 25 de Abril, que organizou o “buzinão”, ameaça com novos protestos, caso o Governo não tome uma posição sobre esta matéria.
Além destes na capital, outros protestos semelhantes ocorreram noutros pontos do país, apoiados pelo Movimento Cumprir Portugal.

Em Vila Real também se fez sentir a contestação. O protesto juntou mais de 20 viaturas, sobretudo pesados e empresários ligados à construção civil e agricultura, que, para além das buzinadelas fizeram uma marcha lenta pela cidade durante quase uma hora, o que dificultou o trânsito naquela cidade do Norte. Tratores, camiões, carrinhas e automóveis, conseguiram praticamente bloquear a circulação junto à rotunda do Seixo, num dos acessos principais.

No Porto, mais de meia centena de manifestantes estavam concentrados, na Avenida dos Aliados, num protesto pela “baixa imediata” dos combustíveis.

Numa faixa que exibiram à porta da Câmara Municipal do Porto lia-se “Não há gota para esta palhaçada”.

O gasóleo e a gasolina subiram 1,5 cêntimos por litro. É a 35.ª subida este ano, sendo que os preços atingiram valores recorde. Na última semana a gasolina ultrapassou, pela primeira vez, os dois euros por litro em algumas postos do país. O novo aumento é justificado com o aumento do preço dos produtos refinados nos mercados internacionais. 

O primeiro-ministro admitiu na terça -feira avançar com um conjunto de medidas até ao final da semana para responder ao problema.