Depois de renunciar cargo, primeira mulher à frente do governo sueco regressa ao cargo

Magdalena Andersson, a primeira mulher primeira-ministra da Suécia, foi reconduzida ao cargo depois da turbulência política a ter forçado a renunciar horas após assumir o cargo na semana passada.

Os deputados suecos apoiaram a líder do Partido Social Democrata Magdalena Andersson por uma margem estreita numa nova votação na segunda-feira. Agora, cabe-lhe tentar segurar a liderança de um governo de partido único até às eleições em setembro do próximo ano.

Andersson havia sido eleita a primeira mulher primeira-ministra da Suécia por um único voto no parlamento, mas poucas horas depois viu-se obrigada a deixar o cargo na quarta-feira passada, após o colapso da coligação que liderava.

O plano da economista de 54 anos de formar um novo governo de coligação com o Partido Verde caiu por terra quando a sua proposta de orçamento não foi aprovada. Em seu lugar, o parlamento aprovou um orçamento elaborado por um grupo de partidos de oposição, incluindo os democratas suecos de extrema direita.

O Partido Verde disse que não aceitaria um orçamento elaborado pela extrema direita e afastou-se do governo, provocando o seu fim.

"Há uma prática constitucional que obriga um governo de coligação a renunciar quando um dos partidos se desliga desta", disse a social-democrata na quarta-feira. “Não quero liderar um governo cuja legitimidade seja questionada."

Andersson foi eleita primeira-ministra na quarta-feira porque, segundo a lei sueca, ela só precisava que a maioria dos parlamentares não votasse contra ela. Até então ocupava o cargo de ministra das Finanças do governo dirigido pelo demissionário Stefan Lofven, tendo sido eleita pelos votos a favor de 117 deputados, com 57 abstenções. No parlamento de 349 lugares, apesar de 174 deputados terem votado contra, o número de abstenções permitiu a escolha de Magdalena Andersson.