Omicron reforça predominância em Portugal e é responsável por quase 90% das infeções com covid-19

Segundo o INSA, entidade que monitoriza a evolução do coronavírus em Portugal, o “aumento abrupto” de circulação comunitária desta variante assemelha-se ao “cenário observado em outros países”, como a Dinamarca e o Reino Unido.

Omicron reforça predominância em Portugal e é responsável por quase 90% das infeções com covid-19

Quase 90% das infeções por covid-19 são responsabilidade da variante Omicron, revelou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), esta terça-feira, indicando que ocorreu um "aumento abrupto" pouco mais de um mês após os primeiros casos diagnosticados. 

"Desde 06 de dezembro, tem-se verificado um elevado crescimento na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada de 89,6% no dia 03 de janeiro de 2022", apontou o relatório do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2. 

Segundo o INSA, entidade que monitoriza a evolução do coronavírus em Portugal, o "aumento abrupto" de circulação comunitária desta variante assemelha-se ao "cenário observado em outros países", como a Dinamarca e o Reino Unido.

Recorde-se que os primeiros casos da variante Omicron em Portugal foram detetados num surto de 13 pessoas ligadas ao clube Belenenses SAD, no final de novembro. Logo a 06 de dezembro, o INSA revelou que já tinham sido registados 37 casos desta variante. 

Uma semana mais tarde, em 14 de dezembro e com 69 casos diagnosticados, o documento do INSA adiantava a circulação comunitária da Omicron, chegando a ser confirmada no dia 20 do mesmo mês, quando a variante já era responsável por uma proporção estimada de 46,9% das infeções. No final do ano, verificou-se que a Omicron era responsável por 82,9% das infeções reportadas. 

Desta forma, é possível verificar que a variante Delta está a perder progressivamente terreno, depois de ter sido a variante mais predominante no país durante vários meses. 

Até ao momento, o INSA já analisou 24.638 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 303 concelhos de Portugal.

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