INSA confirma que foi detetada outra linhagem do vírus com caraterísticas idênticas à variante Omicron

Segundo a entidade, a linhagem BA.2 já foi detetada em vários países, tendo sido notado o seu crescimento em análises realizadas recentemente no Reino Unido e na Dinamarca. Esta linhagem foi detetada em amostragens aleatórias por sequenciação de 27 de dezembro a 2 de janeiro, com pelo menos uma introdução no Algarve.

INSA confirma que foi detetada outra linhagem do vírus com caraterísticas idênticas à variante Omicron

A variante Omicron da covid-19 é responsável por 93% das infeções em Portugal, anunciou o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), esta terça-feira, acrescentando ainda que foi detetada outra linhagem do vírus com caraterísticas genéticas semelhantes à Omicron. 

"Desde 6 de dezembro, tem-se verificado um elevado crescimento na proporção de casos prováveis da variante Ómicron, tendo atingido uma proporção estimada máxima (93%) entre os dias 7-9 de janeiro", indicou o relatório do INSA sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2. 

Além disso, o INSA também detetou uma outra linhagem (BA.2) com várias características genéticas parecidas às da Omicron e que apresentam um "excesso" de mutações na proteína `spike´, muitas delas partilhadas.

Segundo a entidade, a linhagem BA.2 já foi detetada em vários países, tendo sido notado o seu crescimento em análises realizadas recentemente no Reino Unido e na Dinamarca. De referir que esta linhagem foi detetada em amostragens aleatórias por sequenciação de 27 de dezembro a 2 de janeiro, representando pelo menos uma introdução no Algarve.

A monitorização em tempo-real da falha na deteção do gene S (SGTF – S gene target failure) é um dos critérios laboratoriais utilizados para identificar casos suspeitos de variante Ómicron, explicou o INSA, acrescentando que com o decréscimo de cerca de 10% na proporção de amostras positivas SGTF na última semana em Portugal e com a "recente emergência da linhagem BA.2" em vários países, a entidade decidiu pedir ao laboratório Unilabs para pesquisar mutações num conjunto de amostras positivas sem perfil SGTF que tinham sido identificadas no seu laboratório. 

"Estes ensaios preliminares revelaram perfis mutacionais compatíveis com a linhagem BA.2, sugerindo que o decréscimo na proporção de amostras positivas SGTF poderá dever-se, pelo menos parcialmente, a um aumento de circulação desta linhagem em Portugal", apontou o relatório.

Nos próximos dias haverá uma análise mais clara sobre a "evolução da frequência relativa da linhagem BA.2 em Portugal, bem como a sua dispersão por região", afirmou ainda o INSA.