Viagens. AHP aplaude recomendação de livre circulação de cidadãos em espaço europeu

Conselho da Europa recomenda a livre circulação para cidadãos com o certificado digital Covid da UE, independentemente da situação do seu país de origem. Raul Martins diz que este é “um passo importantíssimo” para a retoma das viagens internacionais e espera que Portugal adote a recomendação.

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) aplaudiu esta quarta-feira a decisão do Conselho da Europa de recomendar a livre circulação para cidadãos com o certificado digital Covid da União Europeia, “independentemente da situação do seu país de origem, ou seja, o que conta é a situação da pessoa e não a situação do país de onde viaja”.

A associação liderada por Raul Martins recordou que “há muito” que defende que o certificado digital na UE “deve ser um título válido de circulação, só por si, por questões de simplificação das viagens, uniformização de critérios e valorização da situação de vacinação na Europa”.

Assim, a AHP diz esperar que esta recomendação seja “seguida rapidamente” por todos os países da União europeia, “dispensando-se assim os testes e quarentenas”.

E lembra que atualmente existem vários países europeus – como Espanha, França, Itália, Países Baixos, bem como o Reino Unido – que já adotaram este procedimento.

“Recordando que em Portugal, até 9 de fevereiro se continuam a exigir, independentemente do certificado, comprovativo de realização de teste laboratorial, considera que esta exigência deve ser já levantada a partir de 1 de fevereiro, quando entra em vigor a recomendação do Conselho”, defende ainda a representante da hotelaria que reforça também a necessidade de o nosso país “aceitar certificados de cidadãos de países extra UE, como os dos EUA, Canadá ou Brasil, desde logo porque as vacinas aí ministradas são reconhecidas pela Agência Europeia do Medicamento”.  

Para Raul Martins, presidente da AHP não há dúvidas que  “este é um passo importantíssimo para a retoma das viagens internacionais”, começa por dizer, acrescentando que “nunca é demais lembrar que cerca de 90% dos turistas que chegam a Portugal vêm por via aérea e as restrições ainda existentes dificultam a vinda de estrangeiros, além de terem forte impacto na operação e logística nos aeroportos e nos hotéis”.

É nesse sentido que o responsável diz que esperar então que Portugal “levante rapidamente quaisquer restrições e adote quanto antes esta recomendação. Não cremos que seja necessário esperar pelo dia 9 de fevereiro. Quanto mais cedo melhor”.