Crédito Agrícola. Lucro cai para metade no primeiro trimestre

Grupo conseguiu lucro de 35,7 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.

O Crédito Agrícola atingiu lucros de 35,7 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, valor que compara com 72,5 milhões de euros alcançados no período homólogo. Uma redução que, segundo o banco, é “influenciada pelos resultados, não recorrentes, obtidos no 1º trimestre de 2021, relacionados com ganhos líquidos com operações financeiras no valor de 51,3 milhões de euros, bem como com juros retroativos, referentes a 2020, recebidos no âmbito do programa de financiamento do BCE – TLTRO III no valor de 8,0 milhões de euros”.

O banco liderado por Licínio Pina informou ainda que a rentabilidade de capitais próprios consolidados (ROE) cifrou-se em 7,1%, “reflexo do desempenho das diferentes componentes do Grupo, incluindo os contributos dos resultados líquidos de 3,4 milhões de euros da CA Seguros e de 2,7 milhões de euros da CA Vida”.

Já a carteira de crédito (bruto) a clientes apresentou um crescimento homólogo de 3,5% para 11,7 mil milhões de euros, que correspondeu a um incremento de 396 milhões de euros.

Diz ainda o Crédito Agrícola que, no final destes primeiros três meses do ano, os níveis de solidez e liquidez do Grupo Crédito Agrícola “mantêm-se acima dos níveis mínimos recomendados, tendo sido reportados rácios CET1 e de fundos próprios totais de 18,8% (incluindo resultado líquido do exercício de 2021), um rácio de alavancagem de 8,2%, um rácio de cobertura de liquidez (LCR) de 429,0% e um rácio de financiamento estável (NSFR) de 155,2%”.

No mesmo período, o grupo captou cerca de 2400 novos clientes empresas e de 22600 clientes particulares adicionais, em termos líquidos, “incluindo o contributo do moey!, lançado em 2019 para reforçar a presença nos mercados urbanos e jovens”.

 “Importa clarificar que os resultados líquidos extraordinários, assinalados no primeiro trimestre de 2021, com os quais comparam os atuais, resultaram da concretização de proveitos não recorrentes, em particular os relacionados com a alienação de aplicações financeiras, possibilitados pelas condições de mercado verificadas, bem como com o recebimento de juros retroativos da operação de financiamento TLTRO III junto do BCE”, começa por explicar Licínio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola.

Feito este esclarecimento, acrescenta, “posso afirmar que o Grupo Crédito Agrícola mantém níveis de crescimento sustentáveis, ano após ano. O Banco tem vindo a reforçar os seus fundos próprios e a crescer quer no segmento empresas quer juntos dos particulares e em concreto em mercados e segmentos mais jovens e urbanos. É nosso objetivo manter esta boa performance do Crédito Agrícola e, em simultâneo, o nosso contributo social e progressivamente ecológico para com as comunidades onde nos encontramos”.