OMS não vai aumentar nível de alerta de Monkeypox

Depois de uma reunião da organização, foi revelado que já foram reportados pelo menos 3.040 casos de Monkeypox em 47 países.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que o presente surto do vírus ‘monkeypox’ não representa uma urgência de saúde pública de dimensão internacional, o seu nível mais alto de alerta, anunciou este sábado a organização.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, “concorda com o parecer dos especialistas” do Comité de Emergência Internacional que não determina que o evento seja tratado como “uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional”, ou seja que se eleve o nível de alerta, lê-se numa mensagem no Twitter pessoal do diretor-geral.

Contudo, a organização fez questão de reforçar que a convocação dos membros e conselheiros do Comité de Emergência só por si “assinala uma escalada do alerta” e representa “um apelo a uma intensificação das ações de saúde pública em resposta a este acontecimento”.

Segundo a OMS, desde o início de maio de 2022, já foram reportados à organização pelo menos 3.040 casos em 47 países, segundo os dados mais recentes apresentados nesta reunião.

Maior número de casos na Europa Representantes de Portugal, com um total de 348 casos até sexta-feira, a maioria notificadas em Lisboa e Vale do Tejo, além de Espanha, Reino Unido, Canadá, República Democrática do Congo e Nigéria, atualizaram o comité de emergência da OMS sobre a situação epidemiológica nos seus países e sobre os atuais esforços de resposta.

A transmissão de ‘monkeypox’, também designada por varíola dos macacos, ocorre em muitos países que não reportaram situações endémicas do vírus, e o maior número de casos verifica-se atualmente na Europa.

A maioria dos casos confirmados é de contactos sexuais entre homens e ocorre em áreas urbanas, ainda que, em princípio, não se trate de uma doença sexualmente transmissível, mas sim transmitida por contacto físico próximo.

A situação clínica é muitas vezes atípica, com poucas lesões localizadas e que não se espalham. Até à data houve poucos internamentos e uma morte, de um indivíduo com problemas de imunidade reportada.