“Não se pode exigir às empresas aquilo que não podem pagar”, diz Costa Silva

A “ideia do senhor primeiro-ministro é clara – ele quer um país com empresas mais competitivas e, também, com salários mais competitivos. Agora, nós não podemos exigir às empresas aquilo que elas não podem pagar” e, como tal, “é preciso libertá-las de alguns constrangimentos fiscais”. 

O ministro da Economia e do Mar diz que “não [se pode] exigir às empresas aquilo que elas não podem pagar”, em referência à meta a quatro anos traçada pelo próprio António Costa de aumentar o peso dos salários no PIB de 45% para 48%.

Mas em entrevista ao Negócios e à Antena 1,  Costa Silva garante que a “questão dos salários é muito importante”. E daí dizer que a "ideia do senhor primeiro-ministro é clara – ele quer um país com empresas mais competitivas e, também, com salários mais competitivos. Agora, nós não podemos exigir às empresas aquilo que elas não podem pagar" e, como tal, "é preciso libertá-las de alguns constrangimentos fiscais". 

O repto foi lançado pelo primeiro-ministro num encontro com jovens, no início de junho, e mereceu muitas críticas do patronato.  Sem discordar do chefe do Executivo, o ministro da Economia admite ver na Concertação Social "uma grande consonância de todos os parceiros na questão da valorização salarial". "É por isso que as medidas para combaterem a inflação, para dar mais suporte a todo o desenvolvimento das empresas sobre o orçamento, são cruciais, mas nós também precisamos de salários mais competitivo", disse na mesma entrevista.