Camilla Parker Bowles: Os 75 anos da duquesa da Cornualha

Casada com o príncipe Carlos desde 2005 – mas com a aprovação de Isabel II para um dia vir a ser rainha consorte apenas há alguns meses – Camilla fez, no domingo passado, 17 de julho, 75 anos. Para assinalar a ocasião, foi capturado um novo retrato oficial que mostra a duquesa descontraída, sentada a…

Procure sempre, esteja atento, fale pouco, faça mais e faça o seu trabalho», defende a mulher que protagonizou a mais espetacular e aguardada “ressurreição” do Reino Unido, Camilla Parker Bowles.

A duquesa da Cornualha, que será a primeira mulher divorciada a tornar-se a rainha consorte de Inglaterra, completou 75 anos e tem comemorado a data ao longo da semana. Lembre-se que esta também será a primeira rainha com filhos, netos e uma vida fora da família real britânica. 

Outrora odiada por um país inteiro – alguns britânicos jamais conseguirão superar ou perdoá-la, como se essa prerrogativa lhes correspondesse – a duquesa teve direito a um novo retrato oficial em jeito de comemoração, depois de ter dado uma entrevista bastante aguardada à Vogue, este mês, onde revelou alguns dos seus sentimentos, rotinas, etc.

A fotografia foi partilhada pela Família Real Britânica nas redes sociais oficiais. O novo retrato, da autoria de Chris Jackson, foi capturado num retiro campestre, em Ray Mill House, em Wiltshire. Na imagem, Camilla surge agarrada a uma chávena de chá, vestida com uma blusa azul com padrão floral, rodeada de flores. 

Um amor antigo 

O casamento entre si e o filho da rainha de Inglaterra deu-se em 2005. No entanto, os dois já se conheciam desde os anos 70. Foi o matrimónio da agora duquesa com Andrew Parker Bowles e o de Carlos com Diana Spencer que acabaram por adiar este amor, apesar de se acreditar que os dois mantinham uma relação amorosa há alguns anos, apontada como o motivo crucial para a separação do príncipe britânico de Lady Di. Aliás, recentemente, à Vogue, sem nunca se referir a um período específico, a duquesa falou sobre o escrutínio a que foi sujeita durante os anos mais turbulentos da sua vida, em que era capa diariamente nos tabloides, sendo acusada de ser a culpada do fim do casamento de Carlos e Diana.

«Não é fácil. Fui escrutinada durante tanto tempo que temos de arranjar uma forma de viver com isso. Ninguém gosta de estar sempre a ser observado, a ser criticado… Mas acho que, no fim, mantive-me acima disso e segui em frente. A vida tem de seguir», afirmou à revista americana. 

A verdade é que, em 1993, a revista New Idea publicou uma transcrição de uma conversa telefónica entre Camilla e Carlos. A troca de palavras datava de 1986 e quase confirma a tese de que os dois mantinham um relacionamento enquanto casados com outras pessoas. Além disso, Diana viria a confirmá-lo numa entrevista em 1995, dada à BBC​.

Devido ao escrutínio que sofreu, mesmo depois da morte da Lady Di, em 1997, a relação que manteve com a imprensa sempre foi de alguma distância, por isso, admitiu, antes da mais recente entrevista à Vogue, sentir-se «sensibilizada» com o convite e mesmo «nervosa». Na sessão de fotografias – que decorreu em Clarence House, a casa dos duques da Cornualha em Londres que foi residência da rainha-mãe nos seus últimos anos – a futura rainha de Inglaterra usou peças do seu próprio guarda-roupa. 

Uma mulher prática 

Nesse momento, acabou por revelar um pormenor divertido sobre o motivo de não ter a manicure feita. «Tinha umas unhas postiças, mas perdi-as todas ontem, enquanto estava a jardinar», confessou. Além disso, a duquesa revelou nunca ter furado as orelhas. Algo que não pretende mudar, nem mesmo com a insistência das suas netas. «Vão tentar persuadir-me a fazê-lo para o 75º aniversário, mas ninguém me vai furar as orelhas», garantiu. 

Além disso, à revista americana, Camilla admitiu estar com «uma agenda de deveres oficiais cada vez mais carregada, devido ao estado de saúde debilitado da rainha Isabel II». Por isso, contou, o tempo para o casal é «cada vez menos»:

«Não é fácil, mas tentamos sempre que haja um momento do dia em que nos encontramos. Por vezes somos como dois navios na noite, mas sentamo-nos, bebemos uma chávena de chá e falamos sobre o dia. Temos um momento. É sempre bom pormos a conversa em dia quando temos tempo. Quando vamos para fora, o melhor é quando nos sentamos, a ler um livro, cada um num canto da sala. É muito relaxante porque sabemos que não temos de fazer conversa. Estamos só sentados e juntos», detalhou.