União Europeia chega a acordo para redução do consumo de gás

“Não foi uma Missão Impossível”, anunciou a presidência checa do Conselho da União Europeia.

Os países da União Europeia chegaram a um acordo para reduzir o consumo de gás em 15% no próximo inverno, depois de os ministros da Energia dos 27 terem dado luz verde à proposta para um corte voluntário no consumo de gás nos próximos meses.

A decisão foi anunciada no Twitter pelo ministro checo. Mas há exceções previstas para alguns países.

“Não foi uma Missão Impossível! Os ministros chegaram a um acordo político sobre a redução da procura de gás antes do próximo inverno”, lê-se na publicação.

As exceções foram explicadas mais tarde: “O Conselho concordou que os Estados-membros que não estão interligados às redes de gás de outros Estados-membros estão isentos de reduções obrigatórias de gás, pois não seriam capazes de libertar volumes significativos de gás de gasoduto em benefício de outros Estados-membros", lê-se num comunicado.

Mas há mais: os “Estados-membros cujas redes elétricas não estão sincronizadas com o sistema elétrico europeu e dependem fortemente do gás para a produção de eletricidade também estão isentos, a fim de evitar o risco de uma crise de abastecimento de eletricidade”. Portugal poderá ser, então, uma das exceções.

Fontes diplomáticas avançaram ainda que “nesta fase trata-se de um acordo político, pelo que não houve uma votação formal. No entanto, houve um consenso esmagador e apenas um Estado-membro expressou a sua oposição”.

Recorde-se que, antes da reunião de onde saiu este acordo, o ministro do Ambiente e da Ação Climática português alertou que não se pode procurar resolver uma crise no gás, criando uma crise no sistema elétrico. E avançou ainda que esta proposta de Bruxelas “já responde a algumas questões” levantadas por Portugal.

“Não podemos para procurar resolver um problema, uma crise de gás, criar um problema e uma crise no sistema elétrico”, avançou o governante.