NB não espera resolução de diferendos com Fundo de Resolução

A garantia foi dada pelo responsável numa conference call com analistas, a propósito dos resultados do primeiro semestre do banco, altura em que os lucros disparam 93,7% para 266,7 milhões de euros.

O Novo Banco não espera que os diferendos com o Fundo de Resolução, por valores relativos ao mecanismo de capitalização contingente, estejam resolvidos este ano, disse o administrador com o pelouro financeiro (CFO), Mark Bourke.

A garantia foi dada pelo responsável numa conference call com analistas, a propósito dos resultados do primeiro semestre do banco, altura em que os lucros disparam 93,7% para 266,7 milhões de euros.

Mark Bourke que irá substituir António Ramalho como presidente executivo, recordou ainda que do montante global à disposição do banco ainda restam 485 milhões de euros e apontou as divergências de 2020 e 2021 com o Fundo. 

De acordo com Bourke há “neste momento um número de processos de arbitragem que não estarão concluídos até 2023”, apesar de admitir que as expectativas anteriores indicassem que poderiam estar resolvidas no final do ano. “A nossa posição não mudou neste momento”, indicando que o banco realiza todo o “planeamento” e operações de reforço de capital independentemente desta questão e assumindo que pode haver um desfecho negativo.

Ainda esta segunda-feira, António Ramalho revelou que "os resultados confirmam o momentum do novobanco e o modelo de negócio acretivo, combinado com medidas específicas de geração de capital. O novobanco demonstra criação de valor para todos os seus stakeholders, com o progresso efetuado nos últimos anos refletido no upgrade de 2 níveis pela Moodys. O banco está bem posicionado para continuar a crescer e competir no mercado português”.