Como foi a primeira semana de Carlos III no trono?

A primeira semana de Rei Carlos III no poder foi marcada por visitas diplomáticas, enquanto centenas de milhares de pessoas faziam fila para prestar a última homenagem à sua mãe.

Como foi a primeira semana de Carlos III no trono?

O final da primeira semana de Carlos III no trono icou marcado por uma visita a Cardiff, no âmbito do tradicional périplo pelas nações do Reino Unido.

O Rei e Camilla, a rainha consorte, chegaram de helicóptero ao País de Gales com membros das forças armadas presentes para saudar o novo soberano e comandante-chefe. Foram recebidos com uma salva de 21 tiros dos reservistas do 104 Regiment Royal Artillery do Castelo de Cardiff.

Na agenda do casal real constam a participação numa cerimómia religiosa de oração e reflexão na Catedral de Llandaff, um encontro com crianças e elementos da comunidade local, e uma reunião com os membros do Senedd, o parlamento galês.

A tradição e regras da monarquia britânica ditam que depois da aclamação o novo monarca deve visitar as quatro nações do Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).

Carlos III já passou, desde sábado passado, pelo parlamento britânico, em Londres, e pelos parlamentos locais da Escócia e da Irlanda do Norte, além de se ter encontrado com autoridades das diferentes nações do Reino Unido e ter contactado com as populações, sempre acompanhado pela rainha consorte.

Nesta semana de burocracias e visitas diplomáticas sobressaiu também um vídeo do novo Rei que se tornou viral. Enquanto assinava um livro, durante a sua visita à residência oficial do Governo da Irlanda do Norte, o monarca revelou uma enorme irritação depois de se ter enganado a colocar a data no documento e pelo facto de a caneta de aparo que tinha na mão começar a deitar tinta, sujando-lhe o dedo. «Não aguento essa maldita coisa… é sempre a mesma chatice», queixou-se.

 

Fila para ver caixão

O corpo da rainha Isabel II foi transportado a bordo de um avião da força aérea britânica na quarta-feira, do Palácio de Buckingham para o Palácio de Westminster, sede do governo britânico, ficando depois no Westminster Hall, a sala mais antiga do palácio, tradicionalmente usada para as cerimónias mais importantes da monarquia britânica.

Centenas de milhares de pessoas deslocaram-se para Londres para dizer um último adeus à Rainha Isabel II.

A fila para ver o caixão, esta sexta-feira, foi suspensa durante pelo menos seis horas, depois de ter chegado aos oito quilómetros e às 14 horas de espera.

De acordo com uma mensagem publicada pelo Ministério da Cultura britânico na rede social Twitter, «Southwark Park atingiu o limite da capacidade», apelando o governo às pessoas para não continuarem a engrossar as filas até que estas reabrissem.

Numa atualização feita pelas 9h00, tinha sido indicado que a fila se estendia por 4,9 milhas (o equivalente a 7,9 quilómetros) e que o tempo de espera era de «pelo menos 14 horas».

As pessoas juntam-se aos milhares desde quarta-feira para ver de perto o caixão da rainha, feito de carvalho, envolto no estandarte real e com a Coroa Imperial do Estado, esfera e ceptro em cima.

As guardas militares ao caixão são revezadas a cada 20 minutos e as pessoas que pretendem dar um último adeus à Rainha têm de passar por controlos de segurança apertados, podendo apenas carregar um pequeno saco. Filmagens e fotografias não são permitidas.

O funeral de Estado está marcado para segunda-feira, 19 de setembro, e contará com a presença de vários líderes mundiais, entre os quais o Presidente português.