Holanda acusa China de caçar dissidentes

A Holanda acusou a China de montar duas “esquadras de polícia” não-declaradas no seu território. Algo ilegal, tendo como propósito perseguir dissidentes chineses fugidos do regime, funcionando sob pretexto de ajudar com assuntos consulares, como tratar da carta de condução ou emitir declarações fiscais.

Choque diplomático 

A Holanda acusou a China de montar duas “esquadras de polícia” não-declaradas no seu território. Algo ilegal, tendo como propósito perseguir dissidentes chineses fugidos do regime, funcionando sob pretexto de ajudar com assuntos consulares, como tratar da carta de condução ou emitir declarações fiscais.

As acusações surgiram após a divulgação de um relatório da ONG espanhola Safeguard Defenders, gatilho para uma investigação do canal holandês RTL .

Perseguição 

Foi revelado o caso de um Wang Jingyu, um dissidente que contou ter recebido chamadas de uma dessas esquadras, insistindo que pensasse nos seus pais, que ainda estão na China, seguindo-se uma campanha sistemática de assédio. Autoridades holandesas prometeram arranjar maneira de proteger Wang. Já Pequim negou ter algo a ver com o assunto. 

Cá em Portugal 

Entre as mais de 50 alegadas esquadras transnacionais da China detetadas no relatório da Safeguard Defenders, a maior parte centram-se na Europa, sendo que Portugal não é uma exceção. Haverá três centros deste tipo em território nacional, localizadas na Ribeira Brava, na Madeira, em Vila do Conde e Lisboa.