Lucro dos CTT cai 5% para 36 milhões de euros em 2022

Rendimentos operacionais progrediram 7%, anunciaram os Correios.

O lucro dos CTT caiu 5,2% no ano passado, face ao ano anterior, (menos dois milhões de euros) para 36,4 milhões de euros, anunciaram os Correios esta quinta-feira.

Em comunicado enviado Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa informou que os rendimentos operacionais aumentaram 6,9% nesse período, atingindo 906,6 milhões de euros, mais 58,8 milhões que em 2021, “crescendo em todas as áreas de negócio: Correio e Outros (+16,5 milhões de euros; +3,7%), Banco CTT (+27,1 milhões de euros; +27,4%), Serviços Financeiros e Retalho (+11,8 milhões de euros; +24,2%) e Expresso e Encomendas (+3,3 milhões de euros; +1,3%)”.

Já o Correio e Outros foi “positivamente influenciado em 2022 pelo crescimento do negócio de soluções empresariais (+38,2 milhões), incluindo o efeito da consolidação da NewSpring Services desde 30 de agosto de 2021 (+14,2 milhões), e penalizado pelo decréscimo acentuado dos rendimentos do correio internacional de entrada (-12,6 milhões)”, que foi “impactado pelo fim da isenção de IVA que ocorreu a partir de 1 de julho de 2021 em produtos extracomunitários de menor valor”.

Os Correios informam ainda que os rendimentos do Expresso e Encomendas cresceram, “apesar do contexto económico desafiador”: +1,3% (+3,3 milhões de euros) face a 2021 para 259 milhões de euros em 2022 e 2,8% (+1,9 milhões de euros) face ao quarto trimestre de 2021 para 71,2 milhões de euros no quarto trimestre de 2022. Portugal registou neste período um crescimento de 5,1% face ao mesmo trimestre do ano passado, tendo os rendimentos alcançado 132,2 milhões de euros no total do ano.

Por sua vez, o Banco CTT “continuou a crescer”, tendo as receitas e o EBIT recorrente aumentado, respetivamente, para 126 milhões de euros e para 14,4 milhões de euros em 2022. “A evolução favorável da atividade do Banco CTT esteve ancorada no crescimento da sua carteira de crédito. Este desempenho foi suportado principalmente pelo crescimento da carteira de crédito auto, cuja produção atingiu no quarto trimestre de 2022 um novo máximo (69,5 milhões) totalizando 262,4 milhões em 2022”, explicou a empresa liderada por João Bento.

Os Serviços Financeiros e Retalho, cujas receitas cresceram 24,2% em 2022 face a 2021 para 60,7 milhões de euros “beneficiaram do crescimento da subscrição dos títulos de dívida pública, em especial dos certificados de aforro, pelo facto da sua atratividade ter vindo a aumentar desde o início do ano fruto de uma nova conjuntura de taxas de juro que posiciona melhor a dívida pública enquanto alternativa de investimento”.

O EBIT recorrente situou-se em 64,5 milhões de euros em 2022 e o cash flow operacional situou-se em 99,6 milhões de euros.