A operação antiterrorista mantém-se na Rússia, mesmo depois de o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ter anunciado um acordo que travou a marcha das suas tropas até Moscovo.
Diversas patrulhas das forças da polícia continuavam posicionadas na estrada principal que sai de Moscovo, numa altura em que continuam ativas as restrições de tráfego na estrada que liga a capital a Rostov (local onde, no sábado, os paramilitares do grupo Wagner tomaram o controlo do quartel-general militar), revelou um comunicado da agência Avtodor, responsável pelas estradas russas.
O Comité Nacional Antiterrorista decretou um "regime de operação antiterrorista" em Moscovo e arredores, este sábado, assim como na região de Voronezh, após o líder do grupo Wagner anunciar a marcha dos combatentes em direção à capital russa.
O regime confere poderes acrescidos à polícia, nomeadamente para a realização de operações, permitindo assim que as autoridades possam bloquear troços importantes da estrada que liga Rostov a Moscovo de forma a realizar operações para confirmar a identidade de pessoas e veículos que estavam a circular.
Prigozhin suspendeu no sábado as movimentações da rebelião contra o comando militar menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, descreveu esta ação como uma rebelião dizendo que se tratava de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
Putin acrescentou que não iria permtir que acontecesse uma "guerra civil".