50 anos depois da Revolução dos Cravos, não é demais recordar que o Sistema Nacional de Proteção Civil que hoje conhecemos também se construiu a partir da mesma.
Com notória repercussão pública, assistiu-se recentemente a uma polémica em volta da nova orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), agora com os seus comandos regionais e sub-regionais de emergência e proteção civil a substituírem os extintos CDOS.
Resiliência é uma palavra que invadiu o vocabulário moderno mas tem origem antiga (do latim, de resilo, resilire, na área da mecânica).
Entre-os-Rios também ajudou a repensar o socorro em Portugal, contribuindo em particular para a sua reorganização, novas filosofias de atuação e novos instrumentos de resposta operacional em situações de acidente grave, catástrofe e calamidade. Mas esse processo não terminou e, em nome daquelas vítimas e de um Futuro coletivo mais seguro, devemos continuá-lo hoje!
A antiga ministra da Saúde Ana Jorge disse recentemente que «o pânico não é bom conselheiro e não é bom que aconteça». Concorda-se, obviamente. Mas, para que esse pânico não aconteça, é necessário estarmos coletivamente preparados e confiantes.
É necessário elevar a Proteção Civil a níveis de excelência e isso obriga a repensar os Bombeiros.
No passado dia 18 de maio, realizou-se em Matosinhos uma interessante conferência internacional onde os incêndios florestais na Europa foram tema central. Perante um público bastante vasto, vários especialistas e responsáveis nacionais e estrangeiros vieram relatar e analisar acontecimentos de 2018 na Grécia, Reino Unido e Suécia, bem como o caso português no pós 2017.…
Corria o ano de 2010 quando a Ordem dos Engenheiros fez publicar um número completo da sua revista Ingenium (N.º 116) dedicada ao tema ‘Engenharia na Proteção Civil’ abordando as contribuições de diferentes engenharias para a atividade da Proteção Civil. Quase 10 anos depois, pode questionar-se se a perspetiva que está sublinhada no ‘na’ será…
Ao redigir estas palavras, recordo o que ouvi insistentemente ao meu bom amigo Dr. Costa Alves, meteorologista eminente e figura pública que durante muitos anos foi o rosto dos boletins meteorológicos na RTP, como então se diziam