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Carla Hilário Quevedo


  • Refundar

    A primeira reacção à palavra ‘refundação’, usada há pouco por Pedro Passos Coelho, foi tão desagradável como ouvir o giz branco a arranhar a ardósia. É uma palavra que soa mal ao ponto de duvidarmos da sua existência.


  • Tudo é melhor

    Não é verdade que o panorama da imprensa tenha mudado de um dia para o outro, mas é certo que as mudanças se tornaram evidentes num curto espaço de tempo.


  • Mães há só duas

    O caso de injustiça das Pussy Riot sofreu uma reviravolta. Yekatarina Samutsevich, condenada juntamente com Maria Alyokhiniva e Nedezhda Tolokonnikova, foi libertada.


  • Vandalismo na Tate Modern

    Graças ao iPhone, ao Twitter e a um espectador boquiaberto, pouco antes das 15h30 de domingo passado na Tate Modern, ficámos a saber pouco depois do sucedido que o quadro ‘Black on Maroon’, de Mark Rothko, foi vandalizado.


  • Outra vez

    Uma estudante do primeiro ano do curso de Gestão de Empresas da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja está no hospital em estado considerado crítico depois de ter sido sujeita à praxe académica.


  • Segredinhos

    Há vários comentadores que defendem que a crise política que vivemos (além de todas as outras) devia ter sido «resolvida em privado».


  • Falência adiada

    O discurso da necessidade de nos sacrificarmos quase todos para pagar o buraco gigante de dívidas contraídas pelos responsáveis políticos ao longo de décadas ultrapassou os limites do suportável, com as medidas anunciadas de alegado combate ao desemprego.


  • Gritaria

    Depois de lançar a discussão sobre a RTP, António Borges veio de novo a público, desta vez com queixas da «gritaria» em torno da hipótese de concessão do serviço público a privados.


  • Vida real

    O que aconteceu àquela velha máxima: ‘O que se passa em Las Vegas, fica em Las Vegas?’. Aconteceram os telemóveis com câmara incorporada e a negligência da guarda de segurança da Casa Real britânica. Graças à combinação destes dois factores demoníacos – a bisbilhotice e a apatia – fotografias do vencido Príncipe Harry num jogo…


  • Louçã no Facebook

    Francisco Louçã comunicou ao país a sua saída do Bloco de Esquerda. Saiu a meio de Agosto, mas a comoção que provocou nas televisões foi a mesma do que se o tivesse anunciado em Outubro. Curioso foi o meio que usou para dizer que se ia embora: o Facebook.


  • Bolt, o grande

    Vi e ouvi a nossa grande atleta Rosa Mota a dizer que torcia por Yohan Blake na corrida de 200 metros e não por Usain Bolt, porque não gostava «daquelas fitas».


  • A importância das coisas

    Ouvi um grito de horror vindo da rua pouco depois da falsa partida de Sun Yang na corrida de natação dos 1.500m estilos. Trazia uma medalha de ouro dos 400m estilos e era o favorito à vitória.


  • Agora estou a ler

    A exposição Tarefas Infinitas no Museu Gulbenkian parece fazer sentido num futuro próximo de livros electrónicos. Será, então, cedo para celebrarmos o livro como obra de arte?


  • Número eloquente

    A menos que as notas sejam queimadas e as moedas derretidas, o dinheiro nunca desaparece da face da terra. Pode ser transformado em bens e assim ficar sujeito a não valer tanto.


  • Gosto por leis

    Há dias assistimos pela televisão a um acontecimento insólito em Hyde Park. Bruce Springsteen e Paul McCartney tocavam alegremente para 65 mil pessoas, quando, de repente, ficaram silenciosos.


  • O soluço de Higgs

    Finalmente, encontraram o bosão de Higgs! O que nós festejámos… Minto.


  • Carrega, Macedo

    A burla de que tivemos conhecimento na semana passada que terá lesado o Serviço Nacional de Saúde em muitos milhões de euros, com a participação de médicos e farmacêuticos, tem uma imoralidade acrescida ao banal crime de roubo.


  • Discriminação à porta

    Já aqui tive oportunidade de defender a existência da Fundação Saramago. José Saramago é Prémio Nobel da Literatura e esta realidade é mais importante do que qualquer opinião sobre a sua obra.


  • Fala para todos

    Numa mensagem ao Congresso Eucarístico Internacional em Dublin, o Papa Bento XVI afirmou que os casos de pedofilia no clero «minaram a credibilidade da mensagem da Igreja».