Filipa Chasqueira

Tenho ouvido histórias de famílias quase impossíveis. Muitos acordam ainda de noite, saem de casa a correr com os filhos estremunhados.

Cada um tem o direito de não ser sujeito a situações embaraçosas ou a ver aquilo que não quer.

Se lhe disseram que a mãe voltará em momentos, a criança fica ansiosamente à espera. E quando se apercebe que a mãe não regressa, fica triste e desiludida

Lá para o meio do mês voltamos ao que éramos. O que, vendo bem as coisas, também não é assim tão mau

Em vez de nos preocuparmos com o que é importante, ficamos atolados em preocupações absurdas. O que oferecer  a quem? Como comprar presentes em sítios onde mal nos conseguimos mexer?

O velhinho das barbas brancas ocupa um lugar especial numa fase em que a realidade e a imaginação andam a par e passo

Na gincana matinal por vezes saltam-me exclamações menos simpáticas, até que reparo no silêncio que reina no banco de trás.

Só quem amamenta tem direito a redução do horário. O leite materno é considerado mais importante do que a própria mãe!

A educadora do meu filho, este ano, vai investir na observação do mundo: ouvir a chuva, observar as folhas e flores, os animais, os pequenos detalhes.

Alguns professores devem sentir que estão a domar um touro, ou uma arena inteira ao mesmo tempo.

Nós teremos sempre o nosso papel, que não é pequeno e que continua a ser fulcral, continuamos a existir neles, a ser amados.

Alguns pais acabam  por oferecer telemóveis para que as crianças não fiquem sozinhas no recreio enquanto os outros se fecham no seu mundo virtual.