Infelizmente, o debate desta semana mais não foi do que um exercício da política no pior sentido, em que um primeiro-ministro não tem autoridade nem qualquer ascendente para falar em nome de todos.
António Costa e Fernando Medina querem mais o seu bem político do que qualquer ganho ou perda para o SLB ou para qualquer outra instituição do país e da cidade.
Já o regime de Salazar era caricaturado com os 3Fs do Futebol, do Fado e de Fátima, a trilogia que, conforme se dizia, pacificava e alienava o país para não pensar em política. Dos 3, teremos passado a um?
Quando olhamos para trás percebemos que Fernando Medina pode bem estar de saída, desde logo porque nunca entrou muito. Com casos desta gravidade, a porta está aberta…
Uns dias antes do jogo, o secretário de Estado do Desporto dizia que tudo estava a ser preparado: «Sabemos que será muito difícil evitar essas manifestações e o melhor é enquadrá-las e dar-lhes as melhores condições. É possível juntarmos pessoas com segurança».
João Cravinho falou como ex-dirigente e ex-governante do PS. E quando falou, falou como quem gosta do partido a que pertence
A semana foi cheia de emoções. O sentimento de revolta que se propaga com o nosso ex-primeiro-ministro a insultar a inteligência e a ética dos portugueses em horário nobre.
A questão que Marcelo deixa no ar na sua mensagem desta semana é só uma: os tempos de crise que vivemos são consentâneos com o plano que António Costa tinha no início da ‘geringonça’?
Nas últimas duas semanas surgiram dois sinais de esperança: a apresentação da candidatura de Carlos Moedas à CML e a assinatura de um acordo entre Francisco Rodrigues dos Santos e Rui Rio para juntar esforços para derrotar o PS nas autárquicas.
Estamos a completar 60 anos da execução do Plano Marshall, que se chamou Plano de Recuperação da Europa.
É o pior contexto possível para atos eleitorais. Acontecimentos súbitos e impactantes desta dimensão e gravemente acelerados a apenas dias de umas eleições podem ter um efeito imprevisto no seu resultado.
Vezes demais vimos o Presidente não apenas a cooperar, mas a assumir como sua – e como se fosse dos portugueses – a voz do Governo.
O fim dos ciclos políticos são como o outono. Depois da chuva e do vento, ainda que o sol volte já nunca será o de verão
É bem possível que a alteração da maioria parlamentar nos Açores tenha dado início a um novo ciclo, quando na Assembleia da República se deslassa também a maioria que apoiou António Costa…