Portugal tem cerca de 2% de habitação pública (Oeiras, o Concelho com maior percentagem da habitação pública do país, tem 5% de casas públicas). Números absurdos, quando comparados com os 30% dos Países Baixos, 24% da Áustria, 21% da Dinamarca, 17% do Reino Unido, 16,5% da França ou os 8,9% da Irlanda.
Portugal foi governado, durante décadas, por uma ditadura controlada por ‘velhos do Restelo’, fora do tempo e da História, que mantinham Portugal orgulhosamente só.
A verdade é que o líder do Chega mais não faz do que aproveitar-se do ‘abandalhamento’ da Política por parte daqueles que não a deviam deixar abandalhar!
O primeiro-ministro não calculava que o relógio de Pedro Nuno Santos contasse o tempo mais depressa que o seu. Costa pretendia afastar-se em 2026, Pedro Nuno Santos não quer esperar até lá e, por isso, aproveitou a oportunidade e saiu.
Muitos milhares de jovens do Príncipe (onde mais de 50% da população tem menos de 18 anos) não podiam terminar o Liceu, pois as famílias não tinham possibilidades de suportar os estudos na ilha maior, São Tomé.
A maledicência, que tem vergado o país, devia ser elevada a desporto nacional, tal a facilidade com que se julga e condena sem se efetivamente conhecer.
Será que apenas nos indignamos quando nos comparamos com os outros? A falta de crescimento económico das últimas décadas, ou o crescimento anémico que celebramos, não nos deixa no mesmo lugar, deixa-nos para trás. Quando ficamos parados, os outros não ficam, passam por nós. É exatamente isso que está a acontecer: nós parámos (há muito),…
Por que não comemora o PS a vitória da democracia no 25 de Novembro, quando é ao seu fundador e primeiro líder a quem mais devemos o sucesso da data?
Ao passo que os governos, e os moderados, defendem a tomada progressiva de medidas capazes de diminuir o impacto das alterações climáticas, e de descarbonizar as nossas sociedades, os grupos de ativistas, associados aos populistas de esquerda (ou manipulados por estes), defendem uma tomada de posição urgente, colocando tudo em causa
Vivemos um início de século no qual parece estarmos a caminhar sobre gelo fino. As surpresas da história acontecem, sobretudo, porque damos mais atenção a uns factos do que a outros. Em todos os casos referidos no início do texto, era possível ter percebido os riscos.
Para além de grupos radicais que mantiveram apoio ao candidato derrotado, este percebeu que o princípio ‘rei morto, rei posto’ imperou. O mundo reconheceu, rapidamente, a vitória de Lula, e os militares mantiveram-se distantes do processo político. Não houve condições para provocar uma disrupção.
A decadência relativa desta Rússia resulta, em grande medida, das ‘manias de grandeza’ de quem quer usufruir de um estatuto que já não é o seu…
Se o valor da coragem é inestimável, o preço da incompetência e da cobardia é imenso: a conta já vai em 4,4 milhões de pobres!
Que país estamos a deixar para as gerações futuras? Tem ouvido falar disso? Eu também não, mas o futuro da minha filha interessa-me muito mais do que casos, recados, e vida alheia!
No país real, a casa não tem sofá, o desconforto térmico chama-se frio, o edredão chama-se cobertor e a vaca é um animal quase sagrado, tão raro é o surgimento na mesa de refeições. A saúde conhece-se através das filas do centro de saúde, que começam muito antes do centro abrir, e dentista é algo…
Tal como os neoliberais parecem membros de uma seita extremista, quando falam do sacrossanto ‘mercado’, negar o sufoco fiscal em que a nossa sociedade está mergulhada é ignorar a realidade nacional.
A dúvida atual não passa por saber se a Rússia perderá esta guerra. Mesmo com os 300 mil reservistas que mobilizou, a guerra estratégica está perdida.
Está em todos os quadrantes políticos e em todos os níveis de decisão. Está nas decisões da política de Justiça, por exemplo, quando vemos menosprezar valores essenciais do Estado de Direito Democrático. Há alguns anos, Portugal quase passou a ter um sistema de ‘delação premiada’, recompensando uma qualquer confissão de um dito arrependido, com vista…
A rainha Isabel II, desconfiamos, deixará saudades aos britânicos, como Francisco José I deixou aos austríacos. O seu desaparecimento não será o fim do mundo, será apenas o fim de um tempo e o começo de outro, ainda menos previsível do que aquele que temos conhecido