As posições do chefe de governo alemão representarão, no futuro, muito mais imposição do que negociação e concertação – parecendo decorrer das recentes frustrações em encontrar posições comuns face à guerra na Ucrânia.
Esta nossa dependência dos fundos parece ter origem, sobretudo, nas questões ideológicas de um modelo que, à força, mas com gentileza, está a ser imposto. Passamos a explicar.
Se, nas decisões das nossas lideranças, houvesse pensamento estratégico consciente das nossas debilidades, há muito que se tinham diversificado as origens dos hidrocarbonetos que importamos e demais fontes de energia que compõem o nosso mix energético. Isto é, não devemos estar dependentes de apenas uma geografia, sobretudo quando esta é uma potência (particularmente uma não…
Governar com coligações negativas não permite tomar decisões de fundo, porque não são aceites pelo ‘outro lado’ – veja-se como os últimos primeiro-ministro portugueses conseguiram juntar forças suficientes para governar, mas foram incapazes de reformar.
Portugal teve o discernimento de perceber, a tempo, que não precisa de estar ligado à rede europeia de alta velocidade.
Se o que vem sendo publicado for verdade, o caso é simples: a estrutura da Igreja em Portugal falhou, tal como vem falhando um pouco por todo o mundo. A mentalidade enquistada de proteção e de relativismo sobre estes casos parece manter-se. A pedofilia não se trata nos claustros das Catedrais, trata-se nos tribunais.
A solidariedade europeia e a coesão da União são apreciadas, mas já devíamos estar embaraçados desta política de mão estendida.
O crescimento da agressividade do discurso de Bolsonaro já está a ter efeitos. Há poucos dias, um apoiante seu invadiu uma festa de aniversário de um apoiante de Lula e assassinou-o.
Este texto não pretende ser um exercício de moralidade, mas um mero desabafo, com sentimento de que estamos a perder valores essenciais ao regime que dizemos defender.
Se a Rússia é entendida como a principal ameaça, a China tem sido vista como principal desafio estratégico, particularmente pela academia norte-americana, que se tem debruçado bastante sobre uma futura ‘transição sistémica’ e sobre os riscos de conflito que esta pode acarretar. O debate e a literatura sobre esta temática têm sido particularmente intensos na…
O contexto de fragilidade inicial dos países do projeto europeu, mais preocupados com a sua recuperação do que com políticas de defesa, colocou a Europa em dependência estratégica dos EUA.
A possibilidade de um novo renascimento europeu pode ter sido a melhor notícia desde 24 de fevereiro
A Alemanha é um país que, desde a II Guerra Mundial, não lida bem com o facto de ser potência. A história trágica do nazismo e os horrores da II Guerra Mundial criaram um sentimento de culpa e de receio de si próprio ao Estado alemão, que condiciona a uma permanente tentativa de autocontrolo, procurando…
Sem reflexão não há pensamento e, sem este, dificilmente pode existir sabedoria
Kissinger formatou-se cientificamente no pensamento do equilíbrio de poder europeu do século XIX…
Os EUA são os grandes ganhadores da crise ucraniana: vendem mais energia, vendem mais cereais e venderão mais equipamento militar.
A próxima jogada, decorrente da aposta (até ver errada) da invasão da Ucrânia, está relacionada com a perda da influência nos países vizinhos, que sentem ter na NATO o seu guarda-chuva protetor.
Se os anos 1920 do século XX foram loucos, os anos de ‘1990, 2000 e 2010 representaram um momento singular na história da humanidade. Milhões saíram da pobreza, outros milhões (novos) viajaram e, outros tantos milhões foram esquecidos ou engrossaram as fileiras do descontentamento (como tão bem Stiglitz descreveu).
O PSD tem sido amplamente incompetente em fazer passar a mensagem de transformação do país…